De uma forma geral, infracções como extorsão e corrupção, que são de domínio geral e objecto de clamor da população, praticadas por alguns efectivos, têm, de certo modo, preocupado o Ministério do Interior, que diz ter lançado mão à vertente educativa e punitiva, na perspectiva de inverter o quadro.
Em relação esta última vertente, o inspector- Geral do departamento ministerial, Rui de Oliveira Gomes, lembra, para sustentar a sua tese, que prova disso é que, volta-e-meia, os prevaricadores, face a uma conduta indecorosa assumidamente, têm sido, inclusive, expulsos de diversos órgãos do MININT.
“Têm sido alvos de averiguações, inquéritos. Aqueles que demonstrarem que, efectivamente, os nossos efectivos infringiram alguma regra, são punidos”, realça, acrescentando que o ministério tem dado a conhecer os resultados dessas acções.
"Nomeadamente, incidem sobre extorsão, a tal gasosa. Às vezes, esmo atitudes que, muitas vezes, não vão de encontro aquilo que é a abordagem correcta de um efectivo da Polícia Nacional, que um órgão do Ministério do Interior tem de ter com o cidadão. Portanto, es te programa (Compromisso e Valor Caminho para Excelência Institucional) dá resposta, exactamente, a mudar estes comportamentos e, a par disso, aplicar os instrumentos que nós dispomos para corrigir, do ponto de vista punitivo, esses actos", realça.
A realidade de "extorsão" no Huambo e Huila
O MININT, nas províncias do Huambo e Huila, está bastante preocupado com acções que comprometem a imagem da instituição, na qualidade de garante da segurança e paz social. Os delegados destas regiões ressaltaram, em declarações ao Jornal O PAÍS e à TVZIMBO, que essa realidade, resumida o sono. em violação ética, os têm retirado neste preciso momento, estamos
O delegado do MININT do na província do Huambo, José Mação, sinaliza uma tendência de redução de casos de extorsão, a famosa gasosa, graças a trabalhos de duas direcções inspetavas, nomeadamente a do comando local e a da própria delegação.
"Constata-se um ou outro caso, Neste preciso momento, estamos com poucos processos relativamente a esta situação", considera, sem, no entanto, avançar números, ao ter reprovado o facto de alguns individuos estarem na polícia sem "saber concretamente o que é a polícia. E é uma imagem que nada beneficia a corporação".
Por sua vez, o delegado do MININT e comandante da Polícia Nacional no Huambo, Divaldo Martins, frisou que as acções indecorosas têm sido mais visiveis naquelas actividades que se traduzem no contacto mais permanente com o cidadão, com destaque para patrulhamento especializado de trânsito.
Entretanto, em virtude disso, uma das estratégias que tem sido accionada pela sua direcção naquela circunscrição territorial do país, que, segundo ele, tem resultado na redução de propensão à extorsão, é a diminuição do contacto permanente entre o cidadão e o efectivo.
"Nos incorporamos nos nossos especialistas que o trabalho de trânsito não se consubstancia na fiscalização do cidadão de forma aleatória. Ou seja, o principio do trabalho é a prevenção rodoviária, é a protecção do cidadão. Secundariamente, vem a fiscalização", assevera. OPAIS