O facto foi relatado hoje à Lusa pelo diretor geral do Inacec, Diógenes de Oliveira, que condena o aproveitamento de alguns operadores, comerciantes e fornecedores "que se aproveitam desta fase para especular preços, sobretudo nas províncias de Luanda, Benguela e Huíla.
Segundo o responsável, já decorrem trabalhos de sensibilização a nível do país com apelos sobre a necessidade de "termos nesta altura um sentido patriótico", mas, também, observou, há já ações coercivas contra fornecedores e/ou comerciantes "aproveitadores".
A utilização de sabão, álcool gel, máscaras, papel higiénico e lenços de papel constam das recomendações das autoridades como material de proteção à pandemia do Covid-19, cujo novo epicentro é a Europa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Angola, sem casos confirmados da doença, desenvolve ações de sensibilização e reforço das medidas de vigilância epidemiológica nos 32 pontos de entrada espalhadas pelo país.
O país decretou, a partir de 03 de março, a proibição da entrada de cidadãos estrangeiros vindos da China, Coreia do Sul, Irão, Itália e alargou para semana para Portugal, França e Espanha com quarentena obrigatória de 14 dias.
As autoridades angolanas decretaram, a partir de sexta-feira, a proibição de viagens aéreas, marítimas e terrestres de e para o país, durante 15 dias, como medida cautelar ao Covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
A China anunciou hoje não ter registado novas infeções locais nas últimas 24 horas, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia. No entanto registou 34 novos casos importados.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 173 países e territórios, o que levou a OOMS a declarar uma situação de pandemia.