Print this page
Domingo, 04 Mai 2014 10:06

Liberdade de imprensa censurada em Angola

Para Luísa Rogério existe em Angola uma “liberdade de imprensa a duas velocidades” em que existe uma diversificação de informação enquanto as províncias estão muitas vezes reduzidas a uma única fonte de informação.

A censura em Angola tem vindo a intensificar-se alastrando-se aos meios de informação privados, disse a presidente do Sindicato dos Jornalistas angolanos, Luísa Rogério.

"há censura tanto do poder político, como do poder económico, e que os jornalistas enfrentam cada vez mais problemas de saúde ligados a doenças nervosas e cardíacas".

“A censura é uma questão gravíssima que se tem feito instalar com maior intensidade,” disse a sindicalista falando no programa “Angola Fala Só”.

“Hoje em dias expande-se para os privados,” acrescentou Luísa Rogério para quem “ a situação é extremamente preocupante”.

A presidente do sindicato dos jornalistas disse não existe uma censura formal como na era do colonialismo e fascismo com uma comissão de censura a vetar artigos, mas que em muitos órgãos privados  o sector administrativo da empresa tem a última palavra sobre a publicação ou não de artigos.

Rogério falou também  da situação em que vivem os jornalistas afirmando que “o perigo é palpável”.

Frisou no entanto que os jornalistas não correm perigos “físicos” mas nomeadamente “pressões psicológicas”, notando que muitos jornalistas são forçados a escolher entre o “ o pão para os seus filhos” e os seus princípios deontológicos.

Para Luísa Rogério existe em Angola  uma “liberdade de imprensa a duas velocidades” em que existe uma diversificação de informação enquanto  as províncias estão muitas vezes reduzidas a uma única fonte de informação que é a radio ou a televisão estatal.

“Portanto não há liberdade de imprensa em Angola porque não há pluralismo,” disse Luísa Rogério para quem é preciso “despartidarizar” os órgãos de informação estatais.

Por outro lado mesmo na capital há uma falta de informação generalizada sobre o que se passa no terreno nas províncias do pais.

“Mesmo as pessoas mais bem informadas não sabem muito sobre o que se passa no interior das províncias,” disse.

Luís Rogério disse que neste momento o seu sindicato  está em vias de fazer “um levantamento” sobre a situação salarial dos jornalistas  em todo o pais  como parte das negociações para um novo contracto colectivo de trabalho.

Esse contracto, disse ela, dever terá dois níveis salarias  sendo para as empresas públicas e outro para os meios de informação privados.

A sindicalista disse que as relações do sindicato dos jornalistas com o ministério da comunicação social são “boas”.

“À vezes  há colisão”, disse   mas na generalidade  as relações são boas.

Voanews.com

Rate this item
(0 votes)

Latest from Angola 24 Horas

Template Design © Joomla Templates | GavickPro. All rights reserved.