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Segunda, 24 Novembro 2025 18:47

UE/África: Sociedade civil pede ações decisivas para paz, governação e prosperidade

Representantes da sociedade civil africana e europeia pediram hoje à União Africana e União Europeia que tomem medidas decisivas, durante a cimeira que decorre em Luanda, para o bem-estar das pessoas, da paz, segurança, governação e prosperidade económica.

"Nós, representantes de mais de 200 organizações da juventude e da sociedade civil de toda a África e da Europa, reunimo-nos de 20 a 21 de novembro de 2025 em Luanda, Angola, à margem da 7.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo UA-UE, para deliberar sobre os pilares da parceria África-Europa: Paz, Segurança e Governação, Prosperidade, Pessoas e Multilateralismo", anunciaram hoje os representantes africanos e europeus, numa declaração conjunta.

Segundo estes membros da sociedade civil, há uma necessidade urgente de ação a nível local para promover um desenvolvimento social e económico inclusivo, para que se fomentem soluções multissetoriais e orientadas para as comunidades e para que o sistema se torne mais pacífico e seguro.

Para que os líderes da União Africana (UA) e da União Europeia (UE) tomem medidas decisivas, os representantes citaram algumas recomendações, nomeadamente: o investimento no desenvolvimento e na aplicação de planos de ação nacionais em matéria de paz e segurança, assegurando o cumprimento das normas internacionais e continentais que promovem a boa governação, a democracia, os direitos humanos, o Estado de direito e a estabilidade política; que se de prioridade à capacitação de jovens, introduzindo, inclusive, quotas; que se abordem as causas profundas dos conflitos e que se invista na prevenção da violência sexual.

Por outro lado, sugeriram também que se integre "a paz digital, a cibersegurança e as estratégias tecnológicas responsáveis nos esforços de governação e consolidação da paz, incluindo o reforço da literacia digital dos jovens e das mulheres, a luta contra a desinformação e a promoção da utilização ética da inteligência artificial".

Entre outras medidas citadas no comunicado de imprensa, sugeriram também a simplificação dos processos de concessão de vistos e a introdução de "uma janela de mobilidade UA-UE" para facilitar a mobilidade dos jovens; o investimento numa educação inclusiva e de qualidade; a priorização à adaptação às alterações climáticas e a uma governação sustentável dos recursos naturais e que se promova a agroecologia, que apoia os pequenos produtores.

Os membros da sociedade civil pediram ainda que se modernizem os transportes africanos; que se crie um mecanismo permanente UA-UE que "garanta o estatuto consultivo da juventude e da sociedade civil e uma participação significativa"; que se cumpram os compromissos em matéria de clima e biodiversidade através da implementação do Acordo de Paris e o reafirmar do compromisso para com a Agenda 2030 (das Nações Unidas).

A sétima cimeira UE-UA realiza-se em Luanda hoje e terça-feira, centrada em "promover a paz e a prosperidade através de um multilateralismo eficaz".

O encontro de alto nivel - o 25.º entre os dois blocos - é copresidido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, e pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, estando a UE ainda representada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a UA pelo presidente da Comissão, Mahmoud Ali Youssou.

A União Europeia é constituída por 27 países, incluindo Portugal. A União Africana é composta por 55 nações incluindo Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

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