Gong Tao falava, em Luanda, durante um espetáculo comemorativo da data, recordando que, desde janeiro de 1983, os dois países se apoiaram mutuamente na escolha das suas vias de desenvolvimento e salvaguardando os seus interesses comuns.
O diplomata sublinhou que "sob o impulso da cooperação China-Angola", cada vez mais países se têm voltado para Luanda e considerou que nos últimos 40 anos estabeleceram um exemplo para a cooperação de benefício mútuo China-Africa.
Acrescentou que a China criou um novo modelo de cooperação de financiamento e apontou vários exemplos de cooperação, desde a construção de infraestruturas, a área sanitária, as trocas comerciais e o investimento, fazendo da China o maior parceiro comercial de Angola, o maior mercado de exportação deste país, enquanto a China é "uma importante fonte de investimento em Angola durante vários anos".
Por isso, continuou, "a cooperação China-Angola está na vanguarda da cooperação China-África".
Por outro lado, Gong Tao alertou para as "ações hegemónicas, abusivas, humilhação e pilhagens" que provocam prejuízos pesados e ameaçam os tempos de paz e seguranca e colocam a sociedade perante desafios sem precedentes.
"O mundo chegou novamente a uma encruzilhada histórica e o caminho que vai ser seguido depende da escolha dos povos do mundo", disse.
Considerou que "os ritmos de desenvolvimento dos dois países ressoam com a mesma frequência" e salientou que a China acredita que África é, em vez de uma "arena de competição entre as grandes potências", um palco importante para a cooperação internacional, apoiando o desenvolvimento e respeitando a sua soberania.
Assinalou que a China, tal como Angola, está também empenhada em promover a voz dos países em desenvolvimento, já que China e África sempre foram comunidades de interesses comuns.
Sobre a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros a África, já uma tradição diplomática, com Angola incluída no périplo, considerou que é "um sinal" da atenção atribuída pela parte chinesa à sua parceria estratégica com Angola.
A secretária de Estado para as Relações Exteriores angolana, Esmeralda Mendonça, saudou a relação "de excelência" entre os dois países, incentivando a criação de sinergias em mais domínios da cooperação, bem como o incremento e diversificação das relações económicas e parcerias mutuamente vantajosas.