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Domingo, 04 Março 2018 23:53

Caso BNI: Empresária Celeste de Brito detida por burla e falsificação de documentos

Empresária Celeste de Brito Empresária Celeste de Brito

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve sábado, numa das unidades hoteleiras de Luanda, Raveeroj Rithchoteanan, de 50 anos, Pracha Kanyaprasit, de 35 anos, ambos de nacionalidade tailandesa, Isaac Million, eritreu de 27 anos, e os nacionais Christian Âlbano de Lemos, 49 anos, 1° Subchefe da Polícia Nacional, colocado no Departamento de Intercâmbio e Cooperação, e Celeste Marcelino de Brito António, sócia da empresa “Celeste de Brito, Lda”. De acordo com uma fonte,  foram ainda detidos Miss Monthita Pribwai, esposa de Raveeroj Rithchoteanan, e Therra Suapeng, de 29 anos, também de nacionalidade tailandesa.

A fonte avança ainda que todos foram indiciados na prática dos crimes de falsificação de documentos, burla por defraudação e associação de malfeitores. Os indivíduos negociavam uma operação de financiamento em nome do Banco de Negócios Internacional (BNI). A informação chegou ao conhecimento público através das redes sociais e o BNI, cumprindo as boas práticas internacionais nos domínios da prevenção de branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo (Complience de AML) remeteu a operação para as autoridades competentes.

O Banco Nacional de Angola tem, nos últimos tempos, insistido na necessidade de os bancos conhecerem os seus clientes, numa altura em que ele próprio está a trabalhar para consolidar o processo de adequação do sistema financeiro e bancário nacional às normas e padrões das instituições financeiras internacionais e intensificar o controlo efectivo dos meios de pagamento, o restabelecimento das relações da banca nacional com os bancos correspondentes e para efectivar a reestruturação e saneamento dos bancos com insuficiências estruturais de liquidez. Além disso, as autoridades reforçaram o papel da Unidade de Informação Financeira, por sua importância na prevenção e combate ao branqueamento de capitais e eventual financiamento ao terrorismo.

 A partir de 1 de Fevereiro, os bancos comerciais angolanos passaram a estar obrigados a adoptar “mecanismos rigorosos” de registo das operações cambiais para o exterior, especialmente de Pessoas Politicamente Expostas (PEP).

Celeste de Brito – Quem é?

Actualmente com 45 anos, é empresária com negócios em diversos sectores, desde a agricultura à indústria e prestação de serviços à construção, sendo PCA de cinco empresas, incluindo Natrabank que tem um convénio com Bullionbanc dos EUA, com a República Democrática do Congo e com o Zimbabwe.

Em 2017 criou o Netrabank, que no entanto, viu o BNA mandar encerrar a instituição poucos dias após a sua apresentação. Em causa a utilização da palavra bank, reservada apenas a entidades habilitadas pelo Banco Nacional de Angola como instituições financeiras. O regulador definia na altura, como capital mínimo para os bancos, 25 milhões USD, cerca de duas mil vezes mais do que os 12 mil USD de capital social do Natrabank. PN / Mercado / Expansão

 
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