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Sábado, 30 Junho 2018 10:15

Hospital público português investiga cobranças por partos a angolanas

Uma médica do Hospital Amadora-Sintra está a ser investigada por alegadamente cobrar uma comissão pelos partos que assiste a mulheres angolanas, que não têm acesso ao Serviço Nacional de Saúde. O caso foi denunciado pela RTP esta sexta-feira e será desenvolvido no programa Sexta às 9. As perguntas da RTP terão levado aquela unidade hospital a abrir um inquérito interno e a comunicar o caso ao Ministério Público (MP).

Esquema foi denunciado pela RTP e levou o hospital a abrir um inquérito interno e a comunicar o caso ao Ministério Público.

A investigação da RTP, que teve acesso a uma série de registos médicos assinados pela médica Joana Neto, conseguiu chegar a uma mulher que garantiu ter pagado cerca de 590 euros pelo parto ao hospital e 800 euros à médica que a acompanhou. Um valor acima do que está estabelecido na tabela de preços a cobrar pelos hospitais a quem não tenha segurança social portuguesa: são cerca de 590 euros num parto normal e de 900 se for cesariana. Nada mais.

A RTP ligou então para a própria médica que, por telefone, explicou que não tendo sistema de saúde os valores a cobrar variavam entre 1.500 euros por um parto normal e 2.000 para uma cesariana — em termos a acordar pessoalmente.

Quando confrontada, Joana Neto afirmou que essa prática era conhecida em todo o serviço de obstetrícia, incluindo pela sua responsável. Já a administração do hospital acabou por enviar uma resposta por escrito aos jornalistas referindo que nunca tinha tido queixas, mas que iria avançar com um inquérito interno e comunicar o caso ao Ministério Público.

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