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Segunda, 07 Mai 2018 17:37

Fiéis bajuladores do MPLA transformados em Judas Iscariotes

A profética missão do bajulismo no MPLA, atraiu junto do ex presidente louvores de elite, bajuladores, arrastavam – se no chão, ajoelhados como em rituais sagrados momentâneo, endeusavam JES como se fosse um verdadeiro deus na terra, o deus, que tanto o adoraram, fez – los, milionários, providos de tudo quanto o solicitavam em oração, porém, não sabia JES, que esses eram o pior veneno de que havia de o suicidar em frente, porque quem nos mata a honra e a dignidade, já nos matou o físico, de nada vale sermos chamados senhores sem honra e sem dignidade.

Por João Pedro Matias

Dignidade da pessoa humana é a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte das pessoas que o circundam, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer acto de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável e adequada. Se já a perdemos, é confesso que de humano já não temos mais nada, bajuladores degradaram completamente a dignidade de JES, considerando – o como um vazio, isento de respeito valor e dignidade.

Outrora, pensava JES que estava entregue à sorte de Deus e que bajuladores descreviam a sua omnisciência como se fosse o seu poder mágico, todo poderoso, para o controlo do espaço angolano, JES, cometeu um grande erro, ao achar que o bajulismo é um acto certo para manter o poder, se esqueceu de que os verdadeiro político não são bajuladores, são homens de princípios e convicções profunda, que defendem interesses e valores, que defendem convicções invariáveis independentemente das circunstâncias, aliás, não é a toa, que um dos grandes Líderes do mundo havia expressado o seguinte: “mantenha – te longe dos bajuladores, aproxima – te de gente crítica, os bajuladores destruirão o seu futuro”.

Pouco tempo se foi desde que Eduardo dos Santos decidiu deixar a vida política activa, porém, a cúpula de bajuladores que sempre o endeusou feito uma santíssima trindade, já há muito que soube que o poder de JES está deitado à terra, era o momento de mudar de veículo e menosprezar o mais velho que sempre era enaltecido feito um deus na terra.

Os verdadeiros engraxadores são os que de maneira mais profunda empurraram JES para cova na reunião marcada pelo comité central, JES, perdeu todo respeito que esperava ter dentro do partido e foi considerado como um mafioso, completamente descoberto de qualquer dignidade, era – lhe colocada a poeira toda soprada por profundos engraxadores que ontem o fizeram num deus, o deus deles, deixava – se de ser deus, para passar a uma divindade estranha que já os fazia mal à convivência, era o rosto da falsidade feito no mal mais enaltecido para manter o peso das críticas contra aquele que se achava dono de todos eles. Todos em coro, levantados ou sentados, arregaçavam as mangas para se fazerem sentir de que sua ira contra este estava pronta a destapar para mostrar – se em público, bajuladores, enterraram todos os favores realizados por JES, e, o empurraram para cova: “ vai descansa, estamos cansados de ti, esse partido não é seu, nem de sua família”.

Somente, lhe restava o duelo de acólitos como João Pinto e Norberto Garcia, os últimos que a seu convite engrossaram a cúpula de bajuladores, são estes únicos, que o acompanharam até aos últimos dias, segurando – lhe o cajado e dando – lhe a toalha para enchugar – lhes as lágrimas, opondo – se à seus companheiros de arma, que sempre juntos louvaram JES, o grupo de bajuladores, que se apresentava fiel à Dos Santos, transformou – se em feroz traidor, feitos a imagem perfeita de Judas Escariotes, que preferia o beijo para vender à Cristo aos sacerdotes e romanos.

Entre outras críticas, José Eduardo ouviu dos seus camaradas de partido acusações de haver enriquecido ilicitamente os filhos e de levar o país à miséria com a sua gestão autocrática e essencialmente virada para o benefício da família, amigos e fieis servidores, algo que muito poucos – contam-se pelos dedos de uma mão e mesmo assim nem todos – ousariam há um ano ou menos.

Decepcionado e magoado com muitos que lhe lambiam as botas – um político astuto como ele devia saber que quando mudam os tempos as vontades também cambiam – espera irritadíssimo pela convocatória do congresso que vai ditar o seu ocaso político, que, diga-se, está a ser de certo modo humilhante por culpa própria. Afinal, há pouco tempo prometeu que se retiraria da vida política activa em 2018, mas chegada a hora de preparar o adeus preferiu medir o pulso aos militantes para saber se poderia continuar. Só que a reação foi quase violenta.

JES, sempre foi oposto aos críticos, e manteve – se ao lado de seus fieis bajuladores, mas foram esses que o venderam ao calvário, feitos em verdadeiros Judas dispostos à selputá – lo vivo, só não o fazem porque as circunstâncias não a permitem. Lembra – se que pela primeira vez que JES trazera para CC do MPLA a pessoa de Lourenço para o substituir foi repugnado de forma brutal, porém, o mesmo o fez uma semana depois como palavra de ordem, obrigando aos seus fieis acólitos a aceitarem a imposição de que JLO tinha de o substituir, mas hoje, o feitiço volta – se contra o feiticeiro, os verdadeiros engraxadores, lhe rodeiam como inimigos de si mesmo, ao ponto de o escorraçarem do MPLA feito um criminoso, retiraram – lhe todo valor, toda honra, tudo que havia de necessitar como um grande homem, o fizeram num nada, num homem vago de honra e sem dignidade, esse é o preço que se tem de pagar quando se pensa que bajuladores salvam, bajuladores não salvam ninguém, bajuladores não são reais amigos, são inimigos do bem, são traidores e jamais estarão com a pessoa à quem bajulam quando esta estiver deitado no tapete.

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