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Sábado, 28 Dezembro 2013 15:25

Angola quer defender-se contra pirataria

Angola compra o porta-aviões espanhol 'Príncipe de Asturias' na foto Angola compra o porta-aviões espanhol 'Príncipe de Asturias' na foto

Os ataques a petroleiros no Golfo da Guiné afectam sobretudo Benim, Togo e Nigéria e custam milhões de dólares à região. O SOL sabe que a Marinha angolana (o país é o 2.º produtor de petróleo de África) está atenta ao fenómeno e que manteve contactos com a maior empresa privada de defesa e aeronáutica em África.

O director executivo dos sistemas navais da sul-africana Paramount Group, James Fisher, confirmou: “Mantivemos uma série de encontros com a delegação, que evidenciaram que Angola está interessada em reforçar as suas capacidades navais”.

O gestor negou ter havido uma negociação para a compra de equipamento de defesa da Paramount por parte das forças angolanas mas destacou que, “a não ser que seja enfrentada rápida e eficazmente, a pirataria pode prejudicar seriamente a indústria do petróleo e do gás de Angola”.

Segundo Fisher, os equipamentos para o combate à pirataria marítima custam entre 10 e 14 milhões de dólares, mas a opção mais complexa pode atingir os 60 milhões. A empresa alerta que em 2013 ocorreram mais de 360 ataques a navios - número que vai aumentar se os países não agirem para proteger os bens off-shore.

Este Ano Angola fechou a compra do porta-aviões Príncipe de Asturias com o Governo espanhol, e ainda se comprometeu em adquirir navios patrulhas que também deram baixa da Armada espanhola (P-27 Ízaro, P-61 Chilreu, F-32 Diana) e o navio de desembarque de carros de combate L-42 Pizarro (ex-USS Harlan County LST-1196).

A venda se concretizou após a visita de uma delegação composta por almirantes angolanos, que foram conhecer o estado em que se encotra o navio. Esta mesma delegação foi recepcionada pela Navantia, com o objetivo de apresentar como e onde seriam feitas as adaptações e a modernização do porta-aviões.

Segundo analista de A24, afirma que Angola com certeza deve ter o seu pré-sal e é apenas o quinto maior PIB em Africa (60º no mundo), atrás de Africa do Sul (29º), Nigéria (36º) Egito (39º) e Argélia (46º) ...

Além disso, angola deve nas próximas décadas aumentar substancialmente seu PIB pois com o fim de 4 décadas de guerra civil o país (2002) pode finalmente construir a infraestrutura e recuperar parte do atraso de desenvolvimento em relação as demais nações africanas Provavelmente passando a Argélia em 10/15 anos e visando alcançar num futuro a médio prazo um PIB próximo ou mesmo chegar a ser o terceiro PIB africano passando a Nigéria.

Com aumento da produção de petróleo do pré-sal, angola tem que reforçar a sua vigilância no Atlântico Sul com o Brasil, os dois países no cone Sul que possui porta-aviões.

Sol.pt/A24

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Last modified on Sábado, 28 Dezembro 2013 21:36