Segunda, 29 de Abril de 2024
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Quarta, 10 Abril 2024 18:36

Angola tem menos recursos cambiais disponíveis devido à oscilação do mercado do petróleo - Governo

Angola tem menos recursos cambiais disponíveis devido à oscilação do mercado da principal commodity e aos compromissos com o financiamento externo, admitiu, terça-feira, na Matala, província da Huíla, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José Massano.

“Temos menos recursos cambiais disponíveis. Como sabem, a nossa principal fonte geradora de receitas cambiais, com 95 por cento, tem como proveniência o petróleo, e há queda, além de que devido aos compromissos que o país assumiu, com recurso ao financiamento externo, temos momentos em que devemos fazer pagamentos do serviço da dívida, o que coloca pressão a gestão de cambiais”, assinalou.

Falando aos jornalistas no final de uma visita de seis horas ao município da Matala, que dista a 180 quilómetros Leste da cidade do Lubango, José Massano afirmou que a solução passa por criar capacidade de se produzir mais, porque o país está “muito dependente da importação de alimentos".

O ministro de Estado disse que já se nota alguma procura da produção nacional, mas é preciso capitalizar e potenciar os produtores de bens essenciais, para que se reduza a importação e se sinta menos necessidade de obtenção de divisas.

 

Anunciou que este mês o Tesouro Nacional vai organizar mais uma operação de venda de divisas, mas sublinhou a importância de se deixar que o mercado crie condições, com mais produção e serviços, para que essa pressão de necessidade de divisas para o exterior seja atenuada.

Reafirmou que o Governo está empenhado em potenciar a capacidade interna, que permita produzir mais para as necessidades reais dos angolanos, e, havendo ascendentes, para exportar, como medida para tornar a economia mais forte e com capacidade de gerar renda.

Engajamento de produtores da Matala

José Massano mostrou-se satisfeito com o engajamento das famílias organizadas em associações e cooperativas agrícolas, bem como com algumas empresas de média dimensão que exploram o perímetro irrigado e que demonstram vontade e capacidade de inverter o status quo.

Para o governante, os produtores continuam a acreditar e a aproveitar os benefícios das políticas públicas do Executivo que permitam tirar maior proveito das infra-estruturas de apoio à produção, como o canal de irrigação da Matala.

O perímetro irrigado da Matala possui uma área total de 10 mil 732 hectares, sendo seis mil 831 destinados à actividades agrícola e três mil e 091 para a pecuária.

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