O falsário chegou igualmente a fazer-se passar por assessor de altos membros do Executivo e enviava mensagem a governadores, ex-governadores, administradores e presidentes de conselhos de administração de empresas públicas, instituições financeiras, bem como a ex-membros do Executivo, usando sempre o nome da PGR.
Segundo o director de comunicação institucional do SIC-geral, Manuel Halaiwa, o falso procurador enviava mensagens a estas pessoas, dando a informação de que corriam, a nível da PGR, trâmites processuais sobre elas, por crimes, para as extorquir.
O SIC deveve o falsário e assegura ter provas de que este recebeu altas somas de dinheiro através de transferências de pessoas publicamente expostas.
Manuel Halaiwa disse aos jornalistas esta quinta-feira, 27, na sede do SIC-geral, que o Serviço de Investigação Criminal há muito que monitorava este falso procurador-geral da República.
Segundo o SIC, o homem é contabilista de profissão e usava a falsa qualidade de procurador-geral adjunto da República, pois nunca conseguiu comprovar sê-lo, e, para extorquir as entidades, usava uma conta bancária de uma cidadã que está em parte incerta até agora.
Sobre esta matéria, Manuel Halaiwa disse que ainda há muitos dados a serem recolhidos pelo SIC, mas assegura que em posse do também falso juiz de garantias foram apreendidos vários documentos, assim como 14 cartões "sim" de uma operadora de telefonia móvel.
Manuel Halaiwa garantiu que para intimidar os altos membros do Executivo, ex-governadores, administradores e presidentes de conselhos de administração de empresas públicas e instituições financeiras, o homem fazia-se passar por sobrinho do Presidente da República, João Lourenço, e que após ser detido ainda tentou dizer que era familiar do Chefe-de Estado para intimidar os efectivos. NJ

