Segundo um comunicado do Serviço de Investigação Criminal (SIC), a rede criminosa, que integra cinco funcionários e ex-funcionários bancários e um cidadão gambiano, foi desmantelada após ter sido investigada uma denúncia apresentada pelo próprio banco, que tem como CEO Luís Lélis, em maio.
Os 19 detidos estão acusados dos crimes de associação criminosa, falsificação de documentos, acesso ilegítimo a sistemas de informação, devassa através de sistemas informáticos e branqueamento de capitais, havendo fortes indícios do seu envolvimento no desfalque de mais de cinco mil milhões de kwanzas de uma conta empresarial.
A suposta fraude ocorreu no balcão do Waku Kungo, província do Cuanza Sul, onde funcionários e o subgerente introduziram e alteraram dados do cliente que permitiam efetuar transferências de “avultadas somas monetárias” em benefício de terceiros, inicialmente em contas do próprio e, posteriormente, noutras instituições financeiras.
As diligências efetuadas em torno do processo resultaram no bloqueio de mais de mil contas bancárias em diversos bancos, para onde foram transferidos os valores, adianta o SIC.
Com este dinheiro, os arguidos adquiriram viaturas, casas e terrenos em todo o território nacional, tendo alguns já sido identificados e apreendidos.
Os detidos foram presentes ao Ministério Público, tendo sido aplicada a prisão preventiva a 14 arguidos, enquanto os restantes cinco ficaram em liberdade mediante termo de identidade e residência.
