O único cidadão angolano implicado no processo foi absolvido de todas as acusações e mandado em liberdade, por não se terem provado os factos que lhe eram imputados.
De acordo com a sentença, os 50 arguidos foram condenados pelos crimes de exploração ilícita de jogos, associação criminosa, jogos fraudulentos, branqueamento de capitais e retenção indevida de moeda.
Quanto à acusação de pornografia infantil, o tribunal considerou não existirem provas suficientes, absolvendo-os desse ilícito.
Dos condenados, 34 cidadãos receberam penas de quatro anos de prisão efectiva, enquanto os restantes 16 foram punidos com penas entre um e três anos.
Além das penas de prisão, todos foram condenados ao pagamento de uma caução no valor de 320 mil kwanzas, a título de taxa de justiça, e um milhão de kwanzas de indemnização ao Estado.
O tribunal determinou ainda a perda a favor do Estado de todos os bens apreendidos, entre os quais equipamentos informáticos, geradores e uma quantia de 40 milhões de kwanzas, resultantes das actividades ilícitas.
Segundo o Ministério Público, os arguidos instalaram a base das suas operações numa unidade hoteleira em Talatona, arrendada por um ano ao custo de 20 milhões de kwanzas, onde organizavam e geriam plataformas ilegais de jogos online.
Referiu que o grupo recrutava cidadãos nacionais e estrangeiros, incluindo jovens oriundos do Brasil, da China e da Europa, para trabalharem nas suas operações.
Parte das actividades incluía o uso de influenciadores digitais para atrair e enganar utilizadores, promovendo a participação nos jogos ilícitos.
As autoridades concluíram que os arguidos mantêm ligações com outros membros da rede criminosa ainda não identificados em Angola.