"Estamos a tomar medidas de controlo à entrada”, assegurou a ministra durante a visita que efectuou ao posto de testagem da localidade de Maria Teresa, que separa Luanda do Cuanza-Norte. Para tal, foi exarado um decreto executivo conjunto dos ministérios da Saúde, Transportes, Interior e Relações Exteriores, que limita ligações aéreas, terrestres e marítimas de países como a África do Sul, Nigéria, Reino Unido e Austrália.
Lutucuta reiterou que a mutação tem uma propagação superior a 70 por cento, afectando o sistema de saúde ao ponto de colapsar em alguns países, em razão de estar a acometer pessoas muito jovens. "Essa estirpe é também uma ameaça para o país e temos de nos proteger”, disse.
Quanto aos postos de testagem, a titular da pasta da Saúde informou que a principal intenção da visita é ver o funcionamento e o atendimento prestado aos viajantes, uma vez que os camionistas que transportam os bens essenciais têm uma atenção especial.
Os camionistas reclamam que sete dias da duração dos testes são insuficientes devido ao mau estado das estradas, que retardam o tempo de viagem. A ministra justificou que o período de duração é determinado pela fase de incubação, e só depois deste tempo é possível fazer o diagnóstico.
"Não podemos deixar passar eventuais casos positivos e prorrogar prazos sem a base científica”, explicou, acrescentando que os testes não são baratos e o Estado assumiu a parte dos camionistas enquanto estiverem a transportar mercadorias essenciais para o consumo.
"O teste é gratuito, mas o camionista já de regresso e sem mercadoria já deve pagar o teste”, sublinhou. Além desta visita, realizada pela ministra, que teve um atraso de sete horas, outros pontos que ligam Luanda e Cuanza-Sul e Luanda e Bengo, foram observados pelos dois secretários de Estados do Ministério da Saúde.
A governante explicou que a visita serviu ainda para estar próximo dos "guerreiros da linha da frente” (profissionais da saúde e efectivos dos órgãos de defesa e segurança). Além de encorajar, a ministra disse que a Situação de Calamidade Pública depende da evolução epidemiológica, devido à sua imprevisibilidade.
"Isto depende do comportamento que vamos adoptar daqui para frente. Se continuarmos a usar a máscara correctamente, lavar as mãos e evitar ajuntamentos, vamos reduzir a propagação da doença”, avançou. Este ano, o sector da Saúde pretende reforçar a assistência preventiva e curativa, bem como melhorar o sistema de formação e gestão do sector.