O edificio, privado e localizado na Avenida Rainha Ginga, foi na quinta-feira avaliado pelos bombeiros, que alertaram para a necessidade urgente de evacuação por apresentar fissuras e risco de desabar.
Em declarações hoje (segunda-feira) à Angop, o administrador distrital adjunto da Ingombota, Paulo Furtado, disse que depois de uma avaliação técnica constatou-se que o principal problema do edifício está no saneamento básico e infiltração de água.
De acordo com o responsável, igualmente arquiteto, a degradação do prédio deve-se a infiltração das águas resíduais, dos ar condicionados e provenientes de reservatórios de uma ou mais toneladas e da ruptura da tubagem da maior parte dos WCs dos apartamentos.
Esta situação, prosseguiu, deve-se também as alterações feitas em compartimentos de alguns apartamentos e a sublotação.
Num encontro entre as autoridades administrativas e a comissão de moradores ficou decidido que os residentes deverão se organizar para realizar obras na tubagem degradada e a retirada dos reservatórios de água.
Esta tarefa devera ser acompanhada por uma equipa técnica da administração.
O engenheiro de construção civil e membro da equipa técnica de avaliação, Angelino Kissonde, defendeu a manutenção periódica dos edifícios construídos há mais de 50 anos na baixa de Luanda.
Disse que a infiltração contínua de água indica a falência nos vários sistemas que sustentam o edifício.
Com 11 andares e mais de 50 apartamentos, o prédio tem actualmente 30 famílias, as outras já abandonaram por temerem pelo desabamento.