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Terça, 23 Abril 2019 12:45

Ministério da Saúde de Angola veta reagente de testes de HIV

A Inspecção Geral de Saúde vetou o uso do reagente "Aria" na testagem do VIH, após a constatação de testes com resultados duvidosos.

Em entrevista publicada na edição desta terça-feira do Jornal de Angola, a directora do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, Maria Lúcia Furtado, revelou que o produto em causa não faz parte do algoritmo autorizado e a sua ineficácia foi constatada após testes com resultados falsos ou duvidosos.

Explicou que algoritmo é a lista dos testes que permitidos para a identificação de uma determinada doença.

Para detectar o VIH, realçou, são feitos dois testes, um para rastreio e outro para confirmação, e os únicos testes aprovados para fazer o diagnostico no País são "Determine" e o "Unigold".

"Os testes davam falso positivo, ou seja indeterminados. Dos dois testes que eram feitos um dava positivo e outro negativo", frisou.

Entretanto, Maria Lúcia Furtado garantiu que este erro foi corrigido, a empresa envolvida está a repor outro material e os testes feitos serão repetidos com o produto que faz parte do algoritmo do Ministério.

Segundo ela, o nível de contágio de VIH em Angola é estimado em 310 mil de pessoas vivendo com a doença, das quais 190 mil são mulheres, muitas delas em estado de gestação.

A responsável salienta que no país cerca de 70 por cento das pessoas infectadas só se dirigem às unidades hospitalares quando estão com sinais e sintomas muito evidentes da doença, o que revela falta de cultura de fazer o teste com antecedência.

A directora adiantou que a taxa de abandono da medicação é de 54 por cento e o número de óbitos, em 2017, rondou os 13 mil óbitos, de acordo com os últimos dados da ONU Sida.

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