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Segunda, 13 Junho 2016 07:57

Eleições 2017: MPLA vai a votos quase sem oposição, à excepção da UNITA

Com excepção da UNITA, os partidos políticos da oposição vão fragmentados para as eleições gerais de 2017, na sequência de divergências internas.

A CASA-CE, que nas eleições passadas, surpreendeu os angolanos ao conseguir eleger oito deputados, seis meses depois da sua constituição, vive tempos conturbados. Um dos vice-presidentes da coligação considera inoportuna a transformação daquela força política em partido.

Sebastião André, um dos vice-presidentes da segunda maior força política da oposição em Angola, defendeu que seja dado mais tempo para que a coligação "fortaleça a sua posição na arena política nacional e internacional".

Os crónicos problemas na FNLA nunca faltam. Desta vez, os militantes Laiz Eduardo, Tristão Ernesto e João Longo contestam a liderança de Lucas Ngonda, na sequência das expulsões verificadas na cúpula deste partido.

Segundo o relatório apresentado por Tristão Ernesto e Laís Eduardo, durante os últimos 15 meses, o actual presidente da FNLA não indicou um vice-presidente e afastou "arbitrariamente" dirigentes e quadros, o que, supostamente, originou o sentimento de desmotivação entre os militantes.

O sociólogo Lucas Ngonda foi ainda acusado de incapacidade para promover actos políticos de massas, de provocar o empobrecimento contínuo do partido e de causar a desestruturação total da FNLA na diáspora.

No Partido Democrático para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) Simão Macazu é o novo presidente reconhecido pelo Tribunal Constitucional (TC) depois da realização do II Congresso Extraordinário.

O antigo presidente Sediangany Mbimbi insiste que, não obstante a decisão do TC, continua a ser presidente do partido.

Segundo apurou o Novo Jornal, o antigo líder da bancada parlamentar do PRS e ex-vice ministro da Indústria, Sapalo António, deverá concorrer à liderança deste partido no congresso, que terá lugar em Julho deste ano.

A ida de Sapalo à luta pela liderança terá sido também fruto de solicitações de membros desta força política que não se conformam com o actual estado do partido.

Desde a sua fundação, em 1992, o PRS tem sido dirigido por Eduardo Kwangana, que até ao momento ainda não esclareceu se concorre ou não à sua própria sucessão.

Para o professor universitário Amadeu Miezi, "essa desordem nos partidos políticos favorece o MPLA nas próximas eleições".

"Não compreendemos o que fazem esses partidos. Se não têm capacidade, não formem organizações políticas", disse, destacando que, "com excepção da UNITA", a oposição está fragilizada.

"Como é que vão participar nas eleições gerais previstas para 2017 com cisões profundas internas?", questionou.

© Novo Jornal

 

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