O partido é liderado por Lucas Ngonda, um dos quatro candidatos à liderança no próximo mandato, que será votada no sábado, o segundo dia do congresso, a decorrer nas instalações do partido no município de Viana, arredores de Luanda.
Concorrem à presidência, disse à Lusa Laís Eduardo, porta-voz da FNLA, ainda Pedro Gomes, Tozé Fula e David Martins, os três militantes oriundos da província do Bengo.
A sessão de abertura do quarto congresso ordinário do partido, representado na Assembleia Nacional, está agendada para as 10:00 (menos uma hora em Lisboa) de sexta-feira, decorrendo o encontro magno sob o lema "Honremos a memória de Holden Roberto para uma FNLA indivisível".
O congresso tem sido antecedido por várias críticas internas, nomeadamente da fação liderada por Ngola Kabangu, à legalidade desta eleição.
Alegam ainda falta de diálogo e concertação interna pela liderança de Lucas Ngonda, colocando mesmo em causa se o partido terá condições para concorrer às eleições gerais de 2017.
"Este congresso foi convocado por quem de direito, o presidente do partido. Há toda legalidade e vai ser realizado de acordo com as normas do partido", disse à Lusa o porta-voz da FNLA, desvalorizando as críticas.
O congresso chegou a ser agendado para 25 a 28 de janeiro, tendo sido adiado, segundo o partido, por razões logísticas.
Juntamente com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no Governo desde 1975, e com a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, a FNLA foi um dos movimentos nacionalistas envolvidos na guerra pela libertação angolana do domínio colonial português.
Conhecido como o partido "dos irmãos", a FNLA foi fundada há mais de meio século pelo histórico líder angolano Holden Roberto.
Contrariamente ao peso do MPLA e da UNITA no plano político angolano, a FNLA conta atualmente com apenas dois deputados eleitos ao parlamento e tem vindo a enfrentar vários problemas na sua organização interna.
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