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Quinta, 06 Novembro 2025 16:41

Deputado do MPLA defende reconciliação e diz que chegou a hora de amar Angola

O deputado do MPLA Mário Pinto de Andrade defendeu hoje, em Luanda, que “chegou a altura de amar” Angola, salientando que as famílias angolanas “estão reconciliadas” e o partido está a trabalhar para manter a confiança dos angolanos.

“Hoje, depois de termos maltratado durante 27 anos o nosso país, chegou a altura de amarmos a nossa Angola.

Esses 23 anos de paz e esses 50 anos de independência demonstram que vale a pena a paz”, afirmou, à margem do Congresso Nacional da Reconciliação, promovido pela Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).

O deputado do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) recordou que “a guerra nasce na mente dos homens, mas a paz também nasce na mente dos homens”, e considerou positivo o facto de a iniciativa da Igreja católica ter reunido “os principais partidos com assento parlamentar, as autoridades tradicionais e a sociedade civil”.

Sobre o diálogo nacional, Mário Pinto de Andrade defendeu que “tem que ser permanente” e que não deve ser confundido com o diálogo dos políticos que têm interesses particulares de estar no poder.

O deputado observou que, “as famílias angolanas estão reconciliadas”, mas reconheceu que “há um problema com os políticos, que é o processo de competição política, quem está no poder quer manter o poder, e quem não está no poder está a chegar ao poder”.

“E isso são as eleições que resolvem”, acrescentou.

Questionado sobre o balanço dos 50 anos de independência, o deputado do MPLA recordou que” quando se lutou pela independência, nenhum angolano, nem os líderes da época, pensavam que a independência ia significar guerra civil”.

“O 25 de Abril surpreendeu todos. Partidos que não eram unidos, que se digladiavam entre eles, seria possível encontrar um consenso pelo Acordo do Alvor?

Quando veio o acordo do Alvor, esses partidos iam mesmo cumprir aquele acordo? Ou cada um tinha as suas estratégias, as suas alianças e os seus aliados para ver quem seria o primeiro presidente de Angola? Este é que foi o verdadeiro problema de Angola”, declarou.

Mas considerou que 23 anos após o final da guerra civil, os angolanos estão bem, podem circular por todo o país, “dormem bem em todo o país”.

Mário Pinto de Andrade destacou ainda os ganhos da paz e o papel do Governo na educação: “Nós, em 2002, só tínhamos 14 mil alunos a estudar no ensino superior. Hoje temos 300 mil alunos. Não é um ganho da paz? Nós tínhamos 1 milhão de alunos a estudar no ensino primário e secundário. Hoje temos cerca de 10 milhões.

Não é um ganho da paz”, questionou. Defendeu ainda que o bem-estar é uma luta que todos os angolanos têm de realizar: “Temos de ter uma economia estável, temos de investir mais na agricultura, temos de investir na indústria.

Não é só o Governo, somos todos nós. Nós, às vezes, temos a ideia de que tudo é do Governo. Não, o Governo traça políticas e todos os cidadãos com capacidade, com energia, com inteligência, todos nós vamos participar na construção de Angola”.

Sobre as eleições de 2027, o deputado afirmou que “competirá ao eleitorado decidir” se o MPLA continuará no poder, mas garantiu que o partido “está a trabalhar para manter a confiança dos angolanos”.

“O MPLA tem o seu programa de Governo, que apresentou ao eleitorado angolano em 2022 e vai fazer um balanço. Estamos a trabalhar para mantermos no poder, para termos em 2027 o voto de confiança dos angolanos”, afirmou.

Apontou as “grandes realizações que estão a ser feitas no país de Cabinda ao Cunene para resolver o problema da energia, o problema da água, o problema da saúde, o problema da educação, o problema das estradas, o problema da habitação” e disse que competirá ao eleitorado decidir se o MPLA se mantém no poder ou não.

“Isso é o problema do eleitorado. Agora, nós estamos a trabalhar para nos mantermos no poder, para termos em 2027 o voto de confiança dos angolanos”, frisou.

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