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Segunda, 22 Novembro 2021 19:55

Vínculo familiar entre Rui Galhardo e Fernando Miala explica publicidade deste nos órgãos públicos

O jornalista angolano e analista político, Graça Campos, entende que o facto de, Rui Galhardo ser cunhado do Chefe dos Serviços de Inteligiência e Segurança do Estado (SINSE), Fernando Miala, pode estar na base do destaque que tem merecido o assunto que envolve o nome de Adalberto Costa Júnior, candidato à presidência da UNITA.

Graça Campos, começou por relatar que, Rui Galhardo, disse que foi na qualidade de militante da UNITA que se deslocou, por meios próprios, à província do Uíge para assistir aos festejos do último aniversário desta organização política.

Ali chegado, refere, disse-se vítima de uma tentativa de homicídio a soldo de Adalberto Costa Júnior.

Em Luanda, prossegue Graça, os "serviços" apressaram-se a colocar Rui Galhardo no alto escalão da UNITA. Disseram que desempenhou elevados cargos no gabinete de Jonas Savimbi.

"Vem agora a direcção da UNITA esclarecer que o "Sr. Rui Manuel Galhardo Silva não tem nenhum vínculo de militância" com o partido e não exerce nenhuma função directiva na organização e não está incorporado em nenhum Comité da UNITA, pelo que, quando ele fala, fá-lo como cidadão", recorda Graça Campos.

O jornalista afirmou ainda que, antes do esclarecimento da direcção da UNITA, correu nas redes sociais informação, segundo a qual Rui Galhardo seria cunhado do General Fernando Miala, "o poderoso e temido" chefe do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SINSE), por via do casamento com uma sua prima-irmã.

Assim, para o também analista político, esse vínculo familiar ajuda a explicar muita coisa, nomeadamente, a inusitada publicidade que a comunicação social pública dá a todos os movimentos de Rui Galhardo.

"Há pouco mais de duas semanas, o primeiro secretário provincial do MPLA de Luanda dizia isso: "No MPLA, quando te conhecem, te apoiam e quando não te conhecem não te apoiam em nada e não vais a lugar nenhum (...) Estamos com um caso atípico. Há camaradas que, houve eleições nos CAP, não concorreram, fizemos eleições nos Distritos, não concorreram, tivemos eleições nas comunas, não apareceram, tivemos eleições nos municípios não concorreram e nem apareceram, tivemos eleições na Província e, eu próprio esperava que aparecesse mais um candidato, para irmos à voto, não apareceram. Então, não se candidata na base, não se candidata no município, não se candidata na Província, ninguém te conhece, e vai já querer se candidatar no Congresso?", recorda palavras de Bento Bento.

No, entanto, Graça Campos disse que Bento Bento fez tais declarações a propósito da pretensão de António Venâncio de concorrer à presidência do MPLA.

"Por analogia faça-se a pergunta: se António Venâncio não pode concorrer à presidência do MPLA porque não é conhecido, por que razão a comunicação social pública atribui a Rui Galhardo funções relevantes no gabinete de Jonas Savimbi quando não está "incorporado em nenhum Comité a UNITA?” Ou seja, é um ilustre desconhecido?
Como é que o moço" chegou lá?", questionou.

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