A declaração do secretário norte-americano foi feita num encontro com o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, na sede do grupo de reflexão Atlantic Council (Conselho Atlântico), em Washington.
Na mesma ocasião, o ministro angolano Manuel Augusto disse ter tido um encontro muito produtivo com o homólogo norte-americano, Mike Pompeo, na segunda-feira, sobre a cooperação política e económica entre os dois países.
Segundo Matthew Harrington, os Estados Unidos veem Angola como detentora de grande potencial para parceria económica duradoura com os EUA e como uma fonte de estabilidade na região africana.
O secretário americano parabenizou Angola pelo papel desempenhado em vários assuntos africanos, como o acordo de paz entre Uganda e Ruanda, a realização de eleições na República Democrática do Congo, bem como pela missão de estabilização no Lesoto.
Manuel Augusto foi recebido no Departamento de Estado dos EUA, na segunda-feira, pelo secretário-geral Mike Pompeo e pelo secretário assistente para África, Tibor Nagy.
O fortalecimento das parcerias e da cooperação entre Angola e Estados Unidos em vários setores esteve em cima da mesa, com o angolano a dizer que quer ajuda dos EUA para encontrar os dinheiros e ativos retirados ilegalmente de Angola.
Manuel Augusto destacou que uma "boa notícia" que trouxe para o encontro com o secretário de Estado norte-americano foi o Programa de Privatizações (ProPriv), que compreende 195 empresas que vão ser privatizadas até 2022 e que "representa uma enorme oportunidade para companhias americanas".
Segundo o ministro angolano, o investimento direto norte-americano em companhias do petróleo "é altamente desejável e constitui um objetivo da estratégia de desenvolvimento sustentável de Angola".
Comércio, finanças, energia, indústria transformadora, segurança, direitos humanos, saúde e justiça são as áreas nas quais Angola quer fomentar parcerias com Estados Unidos.
Numa breve nota do Departamento de Estado dos EUA, divulgada na segunda-feira, podia ler-se que o encontro serviu para discutir formas de aumentar o comércio bilateral e o investimento, bem como fortalecer as instituições democráticas em Angola.