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Quarta, 30 Abril 2014 13:56

Human Rights Watch pede a UA para analisar violações em Angola

Apelo é dirigido à Comissão de Direitos Humanos da União Africana reunida em Luanda.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch pediu à Comissão dos Direitos Humanos da União Africana reunida em Luanda  para analisar os "abusos persistentes dos direitos humanos em Angola”.

A organização  mencionou “o fracasso do Governo para lidar com restrições sobre os meios de comunicação e de reunião pacífica , homicídios ilegais, violência sexual e tortura por parte das forças de segurança e os despejos em massa”.

“A instituição mais importante de África em matéria de defesa dos direitos humanos não deve ignorar a situação terrível dos direitos humanos do seu anfitrião, Angola”, disse Daniel Bekel, director para África da Human Rights Watch organização para quem Angola é um país de “corrupção generalizada e graves violações de direitos humanos sem responsabilização”.

A Comissão Africana (dos  Direitos Humanos) deve pedir a indiciamento dos responsáveis pelas mortes, raptos e torturas em Angola”, disse Bekel.

“A comissão deve também apelar ao Governo angolano para de imediato repelir as leis de difamação como um começo para se pôr termo à repressão dos meios de informação”, acrescentou.

O jornalista e  escritor angolano Domingos da Cruz disse à Voz da América que após vários anos de guerra apenas a livre circulação de pessoas e bens foi alcançada e que nem mesmo as liberdades constitucionais são respeitadas, existindo muitas restrições do exercício de direitos em Angola.

Domingos da Cruz avança ainda que os relatórios internacionais publicados em todo mundo ilustram o verdadeiro estado dos direitos humanos em Angola.

“Os relatórios internacionais são muito concretos e demonstram o verdadeiro estado dos direitos em Angola”, concluiu.

A   55ª sessão ordinária da Comissão Africana dos Direitos Humanos iniciou hoje, 28, em Luanda sob forte contestação de alguns participantes e observadores que acusam o Governo de pretender esvaziar  os objectivos do encontro.

 O activista Ângelo Capuacha disse que  as autoridades do Governo tudo estão a fazer para esconder   as violações aos Direitos Humanos  em Angola.

Ângelo Capuacha denunciou que elementos estranhos à organização  foram  preparados para desvirtuar a verdade do que ocorre no país.

O porta-voz do PRS Joaquim Nafoia disse por seu turno que o Governo pretende apenas fazer uma campanha de charme para ludibriar a comunidade internacional sobre  as constantes violação aos direitos Humanos em Angola.

A reunião africana sobre os Direitos Humanos decorre até ao dia 12 de Maio próximo.

A abertura do encontro foi marcada com as intervenções do ministro angolanos da Justiça e Direitos Humanos  Rui Mangueira  e de dos representantes do Comité de Organização do Fórum das ONG, da Rede de Instituições Nacionais Africanas de Direitos Humanos e da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira (25.04), a organização Human Rights Watch (HRW) disse esperar que a Comissão Africana condene as contínuas violações de direitos humanos em Angola, incluindo a incapacidade do Governo de abordar as restrições impostas à comunicação social e à reunificação pacífica, os assassinatos, a violência sexual e atos de tortura cometidos por forças de segurança e os desalojamentos em massa.

Vaonews.com

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