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Sábado, 28 Fevereiro 2015 11:00

Luanda com vigilância electrónica

A ausência de legislação própria impede que se saiba quando é possível a província de Luanda ser dotada de câmaras de videovigilância, disse ontem ao Jornal de Angola o porta-voz do Comando Geral da Polícia Nacional.

Aristófanes dos Santos revelou haver “dois projectos em um”, os de “semoforização” e “camarização”, que já estão a ser instalados na cidade de Luanda e que a seguir se faz o mesmo nas outras províncias com maior índice de criminalidade, como Benguela, Huambo, Huíla, Cabinda e Cunene.

O projecto de “semaforização”, como é oficialmente designado pela Polícia Nacional, consiste na colocação de câmaras nos semáforos e destinam-se à prevenção e controlo da sinistralidade rodoviária.

 O de “camarização”´, cujo objectivo é inibir a criminalidade em todo o país, consiste na instalação de câmara em vários pontos das cidades. As câmaras acopladas aos semáforos, colocados nos principais cruzamentos, saídas e entradas das cidades e nos chamados “pontos negros do trânsito”, são essencialmente para gravar acidentes de viação.

O porta-voz da Polícia Nacional disse que este projecto está mais avançado do que o outro, embora a instalação de ambos começasse ao mesmo tempo.

Uma parte da cidade de Luanda já está “semaforizada” e “camarizada”, garantiu o comissário, que mencionou como exemplos a Baixa de Luanda, a nova e a antiga Marginal, a rua 1º Congresso e a área adjacente ao Hospital Militar Central.

Até ao final do ano, pelo menos 70 por cento de Luanda está “semaforizada” e “camarizada”, garantiu Aristófanes dos Santos.  Luanda, no âmbito dos dois projectos, vai ter um posto de controlo que, provisoriamente, funciona na Unidade Operativa pertencente ao Comando Provincial da Polícia Nacional. A ideia, acrescentou, é colocar um posto de controlo em cada província e ter um de carácter nacional nas instalações do Comando Geral ligado aos das províncias.

Vários transtornos

A entrada em funcionamento dos equipamentos electrónicos, sob a gestão da Brigada de Segurança Electrónica, não está apenas condicionada à existência de legislação, mas também à estabilização da corrente eléctrica e à passagem de fibras ópticas em terrenos acidentados existentes em várias cidades do país. Sobre a criação do ante-projecto de lei, o comissário disse que o documento está a ser preparado pelo Ministério do Interior.

O porta-voz do Comando Geral da Polícia Nacional sublinhou que as câmaras de videovigilância não substituem os agentes da Polícia Nacional, mas facilitam o trabalho da corporação.  Sobre se a existência de câmaras de videovigilância em estabelecimentos e em casas particulares não é ilegal devido à ausência de uma lei própria, disse que se “não visualizarem o exterior, não há problema, porque fica salvaguardo o direito à intimidade da vida privada e à imagem dos cidadãos”. As câmaras, acentuou, podem ser usadas dentro do espaço da esfera privada e não da esfera pública.

 Quanto aos estabelecimentos comerciais, são obrigados à afixação de um aviso sobre a existência de câmaras instaladas.

Jornal de Angola

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