O chefe da polícia de Dallas, David Brown, havia anteriormente avançado que pelo menos dez polícias tinham sido atingidos com tiros de dois 'snipers' e que três estavam mortos.
Segundo David Brown, pelo menos dois homens armados colocaram-se em locais "elevados" para atingir os polícias durante a manifestação, decorrendo buscas pelos suspeitos, que ameaçaram ainda fazer explodir uma bomba no centro de Dallas.
David Brown acrescentou que, para além dos onze polícias, há também um civil ferido.
Há três detidos sob custódia da polícia e um dos suspeitos ter-se-há suicidado.
Milhares de pessoas manifestaram-se nas últimas horas nos EUA, em cidades como Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, para protestar contra a violência policial sobre negros.
As manifestações surgiram após as mortes, registadas em vídeo, de dois homens afro-americanos às mãos da polícia. Philando Castile morreu na quarta-feira em Falcon Heights, no Estado de Minnesota, e Alton Sterling morreu na terça-feira, em Baton Rouge, no Estado de Luisiana.
Na quinta-feira, a ONU pediu aos Estados Unidos que investiguem estas mortes.
O homem que foi abatido pela polícia depois dos tiroteios em Dallas afirmou que não estava afiliado a qualquer grupo e que queria apenas matar policiais brancos, informou nesta sexta-feira o chefe de polícia David Brown.
Obama diz que EUA precisam tomar medidas contra preconceito racial da polícia
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que a morte a tiros de dois homens negros por policiais em Minnesota e em Louisiana em dois dias sublinharam a necessidade do país de falar sobre "a aparência ou realidade do preconceito racial" no policiamento.
"Esses tiroteios fatais não são incidentes isolados", disse Obama em uma postagem no Facebook. "Eles são sintomáticos dos maiores desafios no nosso sistema de justiça criminal, das divergências raciais que aparecem no nosso sistema ano após ano, e da consequente falta de confiança que existe entre as autoridades e muitas das comunidades às quais eles servem."
As mortes de Philando Castle em uma abordagem policial em Falcon Heights, no Minnesota, e Alton Sterling em uma loja de conveniência em Baton Rouge, no Louisiana, foram os mais recentes de uma série de mortes a tiros que levaram a pedidos de uma revisão na forma como a polícia interage com a comunidade negra.
© Lusa