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Terça, 23 Fevereiro 2016 21:15

Com mandado de captura internacional ex-Presidente Burkinabe recebe nacionalidade Ivoiriense

A lei marfinense não permite seus cidadãos seja extraditado para outro pais A lei marfinense não permite seus cidadãos seja extraditado para outro pais

Com mandado de captura internacional contra Compaoré, o Presidente Alassane Ouattara da Costa de Marfim deu nacionalidade marfinense ao seu antigo homólogo burkinabe Blaise Compaoré, no exílio, em Abidjan, depois de ter sido deposto em 2014. O anúncio foi publicado no Jornal Oficial há mais de um mês.

O ex-Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré, no exílio na Costa do Marfim desde a queda de seu regime em outubro de 2014, obteve a nacionalidade marfinense depois de fazer o pedido, informou terça-feira, 23 fevereiro a mídia local.

Blaise Compaoré, é visado por um mandado de captura internacional no quadro do dossier do assassinato, em 1987, de Thomas Sankara, então Presidente burkinabe, durante o golpe de Estado que o o colocou no poder.

Segundo fontes judiciais, este mandado de captura internacional contra Compaoré, exilado desde a sua destituição a 31 de Outubro de 2014 na Costa do Marfim, remonta ao início de Dezembro do ano passado.

Em Maio de 2015, a Justiça Militar burkinabe procedeu à abertura da suposta sepultura do pai da revolução burkinabe, Thomas Sankara, a fim de determinar as causas reais do seu desaparecimento físico e identificar os seus restos mortais.

Os primeiros resultados indicaram que o presumível corpo de Sankara estava crivado de balas. O general Gilbert Diendéré, antigo colaborador de Blaise Compaoré e autor do golpe de Estado frustrado em meados de Setembro último, foi inculpado pela Justiça por cumplicidade no assassinato de Sankara. Ele está suspeito de ter conduzido o comando que assassinou, na noite de 15 de Outubro de 1987, o capitão Sankara.

Segundo um dos advogados dos herdeiros do finado, análises praticadas nos restos mortais do Presidente Thomas Sankara não permitiram determinar o seu DNA devido ao "estado da decomposição dos seus restos", mas estes resultados serão entregues quarta-feira às autoridades competentes. Uma dezena de militares do ex-Regimento da Segurança Presidencial (RSP), que protegia Compaoré, figuram entre os acusados neste dossier de Thomas Sankara.

 

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