Em entrevista à Angop, o músico Prado Paim disse que os seus feitos devem servir de lição para as futuras gerações.
Para o Prado Paim, Papa Wemba, para além de cantor, foi um nacionalista que defendeu a cultura africana além-fronteiras, pois transmitia nas suas melodias a situação social do continente africano.
“ Papa Wemba é uma referência obrigatória, pois serviu como porta-voz transmitindo o sentimento colectivo dos africanos “, ressaltou o músico.
Na mesma perspectiva, António Paulino descreveu a morte de Papa Wemba como sendo uma perca irreparável, na medida que sempre foi um emissário da cultura africana e influenciou muitos músicos do continente.
“Pessoalmente sempre admirei o Papa Wemba, mesmo apesar de não entender as suas letras, mas a melodia sempre foi contagiante para mim”, disse o cantor angolano.
Nascido em 1949, Jules Shungu Wembadio Pene Kikumba começou a ganhar fama quando se juntou à banda congolesa Zaiko Langa Langa, aos 20 anos. Adoptou o nome artístico de Papa Wemba e ficou conhecido como o rei da rumba no Congo, depois de gravar com Stevie Wonder.