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Terça, 13 Janeiro 2015 18:55

Príncipe saudita, diz que petróleo nunca mais chegará US$ 100

SÃO PAULO - O príncipe saudita Alwaleed bon Talal declarou que o barril de petróleo não atingirá US$ 100 novamente. De acordo com ele, se a produção da commodity permanecer onde está e a demanda continuar fraca, a tendência é que o petróleo caia ainda mais. No entanto, ele explica que caso parte da produção saia dos mercados e se a demanda subir, é possível que os preços subam um pouco, mas ele complementa: "tenho certeza que não veremos US$ 100 (o barril) novamente".

O príncipe, empresário e bilionário falou em entrevista com Maria Bartiromo, do Fox Business News, publicada no USA Today, que já havia dito que o preço de US$ 100 o barril era artificial, não sendo o preço correto da commodity. O magnata ficou conhecido em 2013, quando ameaçou a revista Forbes de fazer calúnia ao colocá-lo como o 26° homem mais rico do mundo. Na época, a publicação teria avaliado sua fortuna em cerca de US$ 20 bilhões, enquanto ele dizia que beirava a cifra de US$ 30 bilhões.

De acordo com matéria do Market Watch, o petróleo já caiu mais de 56% desde sua máxima histórica em junho do ano passado, quando bateu os US$ 107. Hoje, o petróleo WTI, negociado nos EUA, caiu 4,92%, a US$ 45,98, enquanto o Brent, negociado em Londres, registrou queda de 5,53%, a US$ 47,34. O WTI passou a operar abaixo dos US$ 47 pela primeira vez em sete anos na sexta-feira.

A combinação de produção alta e demanda fraca continua pressionando os preços do petróleo, enquanto a Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) se recusa a cortar a produção. A Arábia Saudita atualmente se recusa a diminuir sua produção da commodity, o que leva a uma briga do gigante da Opep com os países menores da organização, que são à favor da redução de produção.

O príncipe saudita declarou que a decisão da Arábia de não reduzir a produção foi "prudente, inteligente e perspicaz", já que para ele, se o país parasse de produzir um ou dois milhões de barris, esta mesma quantidade seria produzida por países terceiros, o que traria dois fatores negativos para a Arábia: a produção reduzida e os baixos preços. "Assim, pelo menos você levou 'um tapa no rosto' de um ângulo só, que é a queda dos preços da commodity, mas não a redução dos preços".

Infomoney.com.br

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