A informação, compilada hoje pela Lusa, resulta de dados disponibilizados pelo Ministério das Finanças angolano, referente às receitas ordinárias do setor petrolífero entre janeiro e outubro, tendo em conta taxa de câmbio atual.
Em dez meses, Angola exportou 494,1 milhões de barris de petróleo, número que contrasta com os 527,4 milhões do mesmo período de 2013, que então representou 2,764 biliões de kwanzas (21,8 mil milhões de euros) em receitas fiscais.
O petróleo rendeu mais de 2,513 biliões de kwanzas (19,9 bilhões de euros) aos cofres públicos angolanos, entre janeiro e outubro deste ano.
Além da quebra da produção, essencialmente no primeiro semestre, a diminuição das receitas é justificada igualmente com a redução do preço internacional do barril de crude.
Em setembro de 2013 o barril de petróleo chegou a ultrapassar os 110 dólares no mercado internacional, valor que um ano depois desceu para 98,21 dólares e que em outubro se cifrou nos 93,21 dólares (valor médio da venda de barril de petróleo por Angola).
Esta evolução no mercado internacional levou o Executivo angolano a rever algumas metas para 2015, através do próximo Orçamento Geral do Estado (OGE), que prevê um défice orçamental de 7,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), apesar de um crescimento da economia nacional de 9,7%.
O Governo angolano explica este desempenho com a incerteza na cotação internacional do preço de crude, estabelecendo 81 dólares por barril de petróleo como valor de referência na exportação, contra os 98 dólares inscritos no OGE de 2014. Este valor serve de base ao cálculo das receitas fiscais petrolíferas, que em 2015 deverão render ao Estado 2,551 biliões de kwanzas (20.475 milhões de euros).
LUSA
