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Terça, 21 Junho 2016 08:58

ONU vê mais espaço para ajudar a superar crise na economia de Angola

Representante das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladeli Representante das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladeli

Coordenador residente da organização no país sublinha apoio ao desenvolvimento humano; parceria pretende diminuir dependência das exportações de petróleo nos próximos cinco anos.

O representante das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladeli, disse haver espaço para apoiar o país a ultrapassar a crise provocada pela queda dos preços de petróleo.

Nos últimos dois anos, o crescimento económico angolano desacelerou até atingir 3% em 2015. A queda também foi impulsionada por uma forte redução da atividade no setor não petrolífero.

Agenda

Falando à Rádio ONU na cidade de Menongue, capital da província de Cuando Cubango, Balladeli disse que as Nações Unidas renovam o seu apoio à diversificação da economia angolana.

“Temos visto que a crise do preço do petróleo determinou a queda do país, sob ponto de vista de desenvolvimento económico. Agora estamos numa fase de superação, porque aspetos como a agricultura e a agroindústria estão fortemente na agenda do governo. Ali há espaços para agências como a FAO, o Pnud e, possivelmente, para agências que não têm presença específica no país como a Unido, que lida com a industrialização. ”

De acordo com a Fundo Monetário Internacional, FMI, a inflação em Angola avançou até 29% em maio de 2016.

Perda do Valor

A recente avaliação do FMI aponta que esse desempenho é reflexo da perda do valor da moeda local, o kwanza, em mais de 40% em relação ao dólar norte-americano desde setembro de 2014.

Balladelli disse haver esforços locais para ajudar a garantir que Angola tenha o apoio que precisa para deixar de fazer parte do grupo das nações menos desenvolvidas  em 2021.

Cinco Anos

“As três condições principais para a graduação são a renda, um indicador já atingido, mas há também outras duas condições. São o desenvolvimento humano e a diversificação económica. Durante os cinco anos vão ser criadas as condições em esforços que juntam as Nações Unidas e o governo angolano.”

O país está a braços com crises como a da febre-amarela e emergência alimentar crónica no sul provocada por secas ocorridas nos últimos três anos.

O representante da organização revelou que quer melhorar a ajuda ao país para que aproveite o potencial do conhecimento e a habilidade para atrair investimentos em setores como educação, saúde e habitação.

 

 

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