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Segunda, 16 Mai 2016 14:20

China enviou polícias para ajudar a combater crime em Luanda

Em nota oficial divulgada ontem, em Luanda, a representação diplomática da China revela que, para facilitar a cooperação policial com a parte angolana, o governo chinês acreditou adidos da polícia na sua embaixada em Angola. Ao mesmo tempo que rejeitava as insinuações que atribuem a uma suposta máfia chinesa os recentes casos de sequestros, homicídios e extorsões na capital do país.

Citado pelo diário O País, a embaixada chinesa em Luanda considera que os seus cidadãos “são as principais vítimas estrangeiras dos recentes casos de sequestro ocorridos em Angola” e aproveitou para manifestar “forte descontentamento” com informações tendentes a demonstrar o contrário.

Para a embaixada da China, tais informações constituem uma tentativa de “sabotar a imagem dos cidadãos chineses e difamar a cooperação amistosa sino-angolana”. A resposta surge dias depois de uma notícia do semanário português Expresso (assinada pelo jornalista angolano Gustavo Costa, correspondente da publicação em Angola).

O Expresso relatava que as milionárias linhas de crédito da China não trouxeram apenas novos investimentos para Angola. “Chegaram gangues de chineses que apostaram num tipo de crime que ganha cada vez mais dimensão: os raptos para pedido de resgate. A situação agravou-se de tal forma que a China enviou agentes dos serviços de informação para ajudar as autoridades angolanas”.

A representação diplomática da China reforça que as duas partes “atribuem alta importância e empenho nos esforços activos para a investigação e esclarecimento destes casos criminosos”. Para o combate conjunto à criminalidade, Angola e China estabeleceram um mecanismo de cooperação policial, assinado em 2012 e reforçado em Dezembro de 2015.

“No decurso desta cooperação, a parte chinesa insiste no princípio de não ingerência nos assuntos internos e de respeito pela soberania e poder dominante da parte angolana e mantém a convicção de que a Polícia angolana é capaz de resolver bem a questão da segurança pública”, refere a nota.

A embaixada chinesa garante que tanto o governo como os cidadãos do seu país apoiam “firmemente” o esforço da polícia angolana no combate ao crime para fortalecer a segurança pública. “O governo chinês não tolera, de forma alguma, nenhum dos crimes perpetrados por cidadãos chineses e está disposto a estreitar a cooperação com a parte angolana para os combater. Isto é a atitude que a parte chinesa já manifestou à parte angolana por muitas vezes”, esclarece.

A nota destaca a contribuição da comunidade chinesa, em Angola, no esforço de combate ao crime com o início recente de patrulhas conjuntas de segurança nas zonas com maior concentração de empresas chinesas e de alto risco de criminalidade. Tal acção, segundo a nota, ajudou a reduzir em certa medida a ocorrência de casos criminosos naquelas zonas e salvaguardar a segurança da comunidade tanto chinesa como local.

Para a embaixada da China, a cooperação sino-angolana baseia-se na “igualdade, benefício mútuo e desenvolvimento comum”, sendo elogiada “amplamente pelo executivo e pela sociedade angolana”.

“Os factos comprovam que a cooperação sino-angolana tem sido reforçada numa época caracterizada pela paz, desenvolvimento, cooperação e ganhos recíprocos aos interesses fundamentais dos dois países e povos. Os frutos alcançados não podem ser negados por existir alguma calúnia e acusações com intenções encobertas”, conclui a nota oficial.

RA

 

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