Por outro lado, o responsável policial reconheceu que o agente em causa agiu fora das normas, por isso está detido e poderá ser condenado por homícidio negligente, mas ainda assim o comportamento adotado pelas pessoas não se justifica, por tentarem fazer justiça por mãos próprias.
“Notificamos a direcção da UNITA com quem estivemos reunidos e manifestamos a nossa profunda repulsa pelo comportamento adotado pelos seus dirigentes em Caculama e podemos informar que face a atitude, competia a Polícia socorrer-se da Procuradoria para repor a legalidade”, afirmou, acrescentando que o acto em referência não foi dirigido a um militante, mas sim a um cidadão.
Segundo disse, este partido fez um aproveitamento político despropositado para fazer entender que a Polícia Nacional tem estado a insurgir-se contra os seus militantes, realçando que a corporação em momento algum vai permitir invasão as suas unidades ou meios, porque os órgãos policiais representam e defendem a soberania e de estabilidade social.
Segundo apurou a Angop, o incidente ocorreu na ponte sobre o rio Mucari, município de Caculama, ao longo da Estrada Nacional 230, em que foi vítima um cidadão identificado por Faustino Canequele, militante da UNITA, ao ser baleado mortalmente por um agente da Polícia Nacional, fruto de um desentendimento entre as partes.
O agente em serviço, João José Bernardo, que já responde criminalmente por esse acto, interpelara o cidadão Faustino Canequele, quando este conduzia um ciclo-motor de marca KTM, sem chapa de matrícula, para além de não usar capacete ou qualquer acessório de segurança.
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