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Segunda, 09 Mai 2016 20:12

Angola podem gastar USD 29 biliões em Energia e Águas até 2025

Cerca de vinte e nove biliões de dólares norte-americanos é o valor total necessário do investimento a ser feito pelo segmento de energia e águas para realizar com sucesso os projectos constantes da carteira do sector, até ao ano de 2025.

Essa infirmação foi prestada hoje (segunda-feira) pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, quando falava em conferência de imprensa, em Luanda, sobre a execução dos projectos do sector.

O governante considerou fundamental haver uma maior aposta no investimento privado para o sector.

Disse que a referida aposta visa complementar o financiamento público, numa altura em que a situação económica deficitária do país desacelerou o ritmo de execução de alguns projectos que estavam a ser executados.

Segundo o ministro de Energia e Águas, apesar da desaceleração no andamento de algumas obras, as necessidades permanecem.

Afirmou que face ao volume “ colossal” de investimentos a realizar torna-se necessário contar com o investimento privado nos segmentos da produção de energia, bem como na gestão de sistemas de distribuição de água.

Ladeado pelo secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, Manuel Rabelais, o ministro disse tratando-se de projectos prioritários, daí haver a necessária atenção e primazia na execução.

Sobre o aumento da factura de electricidade ocorrida em finais do ano de 2015, o ministro João Baptista Borges referiu que a anterior tarifa, datada de 2006, não permitia às empresas do sector cobrir um terço dos custos operacionais.

“Era o Estado que tinha que cobrir a diferença”, com base nesse facto disse que o aumento de 2015 foi feito para cobrir o intervalo que houve entre 2006 e 2015.

Considerou ser um aumento necessário, mas que ainda não cobre os custos operacionais.

Disse ser fundamental encarar que a solução do problema para o fornecimento regular de energia e a melhoria da qualidade no seu fornecimento está ligada à temática dos preços para garantir a sustentabilidade do sector eléctrico.

Quanto à qualidade da água que jorra nas torneiras dos consumidores de Luanda, disse que é continuamente testada e que o líquido só sai da estação de tratamento quando estiver os padrões mínimos de qualidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No sector energético, assegurou que o novo plano de fornecimento vai produzir cinco mil megawatts para atender as necessidades do país.

Perspectivou que a barragem de Capanda (Malanje) vai produzir o dobro da sua capacidade actual, enquanto o aproveitamento hidro-eléctrico de Laúca deverá produzir  267 megawatts, quando estiver concluída.

Já Caculo-cabaça, um projecto hidro-eléctrico, ainda em projecção, prevê alcançar uma produção na ordem dos 2100 megawatts.

Situadas na faixa litoral do país, as províncias de Cabinda, Benguela e do Namibe terão centrais de ciclos combinados para dar resposta à demanda que se verifica actualmente.

O ministro considerou especulativos o preço mensal de 36 mil kwanzas praticados por operadores privados na Zona Verde (Benfica), província de Luanda.

Em relação à electrificação de algumas sedes municipais na província do Uíge, disse constar de um projecto nacional que cobrirá o défice existente.

João Baptista Borges informou que a taxa de electrificação no país é de 33 porcento e admitiu que os órgãos do poder local passem a auxiliar na gestão da rede eléctrica.

As necessidades de energia eléctrica do país até ao ano 2000 eram de 300 megawatts, mas agora ultrapassa os mil megawatts, afirma ministro João Baptista Borges.

Na base desse quadro, disse estar o facto de a oferta não ter acompanhado a demanda.

O encontro foi promovido pelo Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (Grecima) e visou dar o ponto da situação do sector de Energia e Águas no país.

 

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