A posição foi transmitida em Luanda pelo chefe da diplomacia angolana, durante a tomada de posse de Gilberto Pinto Chikoti como novo cônsul de Angola na localidade de Rundu, norte da Namíbia, precisamente a zona, próxima da fronteira sul angolana, onde estes casos têm acontecido.
"Temos alguns angolanos que se instalaram nos últimos tempos no interior da Namíbia e naturalmente que não tendo documentação eles têm estado a ser expulsos pelas autoridades namibianos", reconheceu Georges Chikoti.
O ministro sublinhou que o "desafio das expulsões de angolanos" é uma das prioridades do novo cônsul de Angola em Rundu.
"Estamos neste momento a negociar para retomar o processo de identificação, sobretudo para aqueles que são refugiados [da guerra civil] e que já vivem lá há muito tempo, para podermos dar a identificação angolana", explicou o chefe da Diplomacia angolana.
De acordo com dados oficiais do Ministério das Relações Exteriores de Angola, mais de 50.000 cidadãos estão inscritos nas representações consulares do país na Namíbia. Cerca de 15.000 angolanos vivem na zona de Rundu, próximo da fronteira de Angola.
Na cerimónia de hoje, Georges Chikoti deu ainda posse a Narciso do Espírito Santo Júnior, quadro do Ministério das Relações Exterior desde 1982, como novo cônsul-geral de Angola em Lisboa.
"Na República portuguesa, gostávamos de ter um contacto e relacionamento maior com a comunidade", disse o ministro angolano, durante a cerimónia.
O novo cônsul-geral de Angola na capital portuguesa já exerceu funções diplomáticas nas embaixadas de Angola no Gabão, no antigo Zaire e na ex-Jugoslávia.
Foi ainda cônsul-geral em Joanesburgo, África do Sul.
Subsistirá nas funções Cecília Baptista, atual cônsul-geral de Angola em Lisboa.
Em Portugal, Angola conta com consulados nas cidades de Lisboa, Porto e Faro.
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