No mesmo documento a FLEC/FAC refere que a 1 de Março 2016 “as forças da segurança angolana cercaram a residência do cidadão Eugénio Chiveve onde uma série de detenções arbitrárias foram efectuadas por falsas acusações de serem membros da FLEC”. Uma operação que terá sido chefiada pelo coronel das Forças Armadas de Angola (FAA) Adriano Kafumbinha.
A e-GLOBAL pode confirmar que Eugénio Chiveve, natural da aldeia de Conde Litombo, no Necuto, após longo interrogatório foi libertado.
Na antena da Voz da América (VOA), Estêvão Neto, representante da UNITA em Cabinda, confirmou também que apesar de um abrandamento da actividade militar no enclave “continuam a assistir-se vários assassinatos, prisões arbitrárias e restrição do direito à manifestação”. Estêvão Neto referiu, como exemplo, o desaparecimento há mais de 5 meses nas matas do Maiombé do secretário para a informação do partido FNLA.
A 3 de Março de 2015, o activista pelos Direitos Humanos cabinda Marcos Mavungo foi detido quando preparava uma marcha pacífica na capital do enclave, tendo sido acusado de ser o autor de panfletos de apologia à violência, insubordinação e que atentavam contra a segurança do Estado. Em Setembro Marcos Mavungo foi condenado a seis anos de prisão efectiva e e uma multa de 50 mil kuanzas (cerca de 350 euros) pela prática de crime de rebelião contra o Estado angolano. Marcos Mavungo foi considerado “prisioneiro de consciência” pela ONG Amnistia Internacional.
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