José Eduardo dos Santos, que se dirigia hoje aos seus compatriotas, numa mensagem de fim de ano, lembrou aos angolanos que podem extrair do solo e subsolo do país “tudo o que precisam”.
“Falamos durante muito tempo na diversificação da economia, mas fizemos pouco, mesmo assim vale começar tarde do que nunca começar”, disse José Eduardo dos Santos.
Segundo o Presidente angolano, o povo angolano já venceu desafios mais complicados e difíceis do que os atuais, “porque agiu sempre com confiança em si mesmo e com determinação. Assim devemos continuar”.
“O país está a viver um momento difícil, em virtude da diminuição das receitas provocadas pela baixa do preço do petróleo no mercado internacional, mas temos que ajustar os nossos programas e planos para enfrentar com sucesso o próximo ano”, referiu o Presidente angolano.
O chefe de Estado angolano pediu maior celeridade de intervenção nos setores da agricultura, pescas, turismo, indústria da madeira, alimentar, ligeira e mineira, para aumentar as exportações e reduzir as importações com o aumento da produção local e do comércio.
Para que todo o processo decorra “sem perturbações” o Presidente angolano reiterou a necessidade “indispensável” de melhorar a gestão das finanças públicas e melhorar e reforçar também a segurança e a ordem interna.
“É preciso manter o país em paz e com estabilidade, consolidar a democracia e as instituições do Estado e garantir a liberdade de criação e expressão, para que a construção do bem-estar social seja obra de todos”, frisou.
Para a juventude angolana, a componente maioritária da população angolana, o Presidente angolano considera importantes para que sejam dotados de capacidades que lhes permitam alargar os seus horizontes e prepará-los para enfrentar a realidade da vida e que possam contribuir para a harmonia e coesão social.
“É necessário continuar a cultivar no espírito das novas gerações a ideia de que um cidadão, que é naturalmente portador de direitos e deveres constitucionalmente consagrados, deve valer por aquilo que ele é e não apenas por aquilo que do ponto de vista material possui ou ostenta”, referiu.
No plano regional, José Eduardo dos Santos considerou importante estender a segurança de Angola além-fronteiras, continuando a manter laços de boa vizinhança com os países limítrofes e contribuir para a paz e estabilidade das regiões em que Angola está inserida.
Lusa