Para Miguel Filho, não são os encarregados de educação que devem apetrechar as escolas, dali que, o acto é por este considerado uma autêntica falta de competência.
"Se tem estado a tomar decisões na gestão do ensino, nos mais diversos níveis e subsistemas, que deveriam merecer melhor e maior atenção em fóruns mais abrangentes que ultrapassam a 'sapiência' de apenas um 'iluminado' ", apelou Filho.
Disse também que no período de guerra, cidadãos foram formados com os famosos laboratórios vindos da ex-RDA e deles formaram-se em matemática, física e química, questionando como se pode entender que tal decisão seja tomada por quem se formou, também, com aqueles equipamentos? "Senhores, não brinquem com a educação".
A actual Ministra da Educação, refere o professor, é fruto dos ex-INE (IMNE), por isso, ainda que mal assessorada ou acompanhada tem a obrigação de não apagar o passado.
"Há que investir, em vez de desistir, para não despertarem algum dia mal-humorados e decidirem fechar todas as escolas por falta de WCs", lamentou.
Miguel Filho, defendeu igualmente a realização de debates em simpósios, conferências ou jangos para ouvirem outros especialistas, mais credenciados, antes de tomarem decisões sensíveis que podem macular todo um país e o futuro longevo de muitas gerações.
Importa realçar que, os cursos de Química, Biologia, Matemática e Física deixarão de existir para as escolas de formação de professores por falta de laboratórios.
Segundo explicou o Secretário de Estado da Educação para o ensino técnico profissional, Gildo Matias, não há condições necessárias para se continuar a lecionar estes cursos nos magistérios primários do país, principalmente, devido à falta de laboratórios nas instituições.
O titular da pasta, disse ainda que os centros de formação de professores receberam orientação para não inscreverem novos alunos.