A família detém um património de mais de 200 imóveis e fazendas por todo o território angolano, repartido por três empresas: a Socomoli, a Sociedade Comercial Mota & Irmão e a Sociedade de Apartamentos.
O grupo de descendentes, que ontem se reuniu em Castelo Branco, está descontente com a forma como as empresas estão a ser geridas por uma fação da família, desde 1983.
"A situação arrasta-se há várias décadas e é injusta para muitos herdeiros, que estão a viver com imensas dificuldades e até em situação de carência, quando os familiares que estão a gerir as empresas gastaram, segundo os relatórios de 2010, mais de 550 mil euros em ordenados e viagens", revela João Antunes, candidato à Mesa da Assembleia Geral.
"A atual administração só tem servido os seus interesses e tem de se demitir. A nossa luta é por maior transparência e por uma divisão justa da herança dos nossos antepassados", diz Teresa Carvalho, bisneta de um dos fundadores, que encabeça a lista alternativa aos órgãos sociais e que admite uma manifestação em frente à embaixada de Angola, em Lisboa.
CM