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Terça, 16 Junho 2015 11:57

Ativistas pedem intervenção do Governo na libertação de detido em Cabinda

A situação do ativista angolano Marcos Mavungo, detido há três meses em Cabinda, foi hoje abordada por outros ativistas com o secretário de Estado para os Direitos Humanos de Angola, a quem pediram uma intervenção direta.

O pedido foi apresentado a António Bento Bembe pelo grupo de iniciativa de um abaixo-assinado que exige a libertação de Marcos Mavungo, detido desde 14 de março na província angolana de Cabinda, acusado de cometer crime contra a segurança do Estado.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do grupo de ativistas angolanos, Rafael Morais, disse que o encontro com António Bento Bembe, o primeiro que acontece das várias audiências solicitadas, serviu para apresentar as inquietações sobre o processo e o estado de saúde de Marcos Mavungo.

Segundo Rafael Morais, outra questão abordada foi sobre a suspensão do salário do ativista pela empresa desde a sua detenção, o que tem deixado a família numa situação de precária. 

"Essa situação está a deixar a família de Marcos Mavungo numa situação delicada, vivendo da caridade de alguns familiares e de pessoas de boa-fé", referiu.

Rafael Morais sublinhou que hoje foi lançada uma campanha de solidariedade de recolha de fundos em apoio à família de Marcos Mavungo.

O ativista realçou que foi igualmente manifestada preocupação pelo facto de há mais de 15 dias que o processo foi remetido aos tribunais, até à data os advogados de defesa não foram notificados.

"Apresentamos essa preocupação ao Secretário de Estado dos Direitos Humanos e o que nos foi dito é que se encontra limitado, uma vez que o processo foi remetido a tribunal e está sob segredo de justiça", disse.

Relativamente ao estado de saúde do ativista, detido pelo envolvimento no protesto contra a alegada má governação e violação dos direitos humanos naquele enclave angolano, agendada para 14 de março, Rafael Morais disse que continua grave, salientando que já chegou a ser internado por três vezes no Hospital Central de Cabinda.

Rafael Morais avançou que, além do Secretário de Estado para os Direitos Humanos, aguardam por respostas das solicitações de audiências à Procuradoria-Geral da República, ao Ministério do Interior e à Casa Civil da Presidência da República.

Lusa

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