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Domingo, 21 Agosto 2016 14:35

UNITA espera eleições gerais de 2017 acontecem num ambiente de estabilidade

O presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, declarou neste sábado que o país tem grandes desafios pela frente e deve trabalhar para realizar as Eleições Gerais de 2017 num ambiente de estabilidade política e respeito pelas diferenças e considerou a falta de diálogo um dos problemas mais prementes da sociedade e da classe política angolana, em particular.

Em declarações à imprensa, à margem do VII Congresso Ordinário do MPLA, encerrado hoje, disse augurar que esse ambiente permita "ver a reforma do Estado ser iniciada".

"Isso significa termos, cada vez mais, um Estado que sirva o cidadão e menos o partido", referiu o político, em representação do presidente da maior força da oposição, Isaías Samakuva.

Para si, é importante haver convivência plural. Em relação ao congresso, que reelegeu José Eduardo dos Santos à presidência do MPLA, disse augurar que possa ajudar a melhorar o âmbito do diálogo e da pluralidade do país.

No seu entender, seria bom que se levasse à prática todas as recomendações do conclave e da Moção de Estratégia do líder do MPLA.

Quanto ao apelo de José Eduardo dos Santos para a necessidade de se melhorar a formação e ajustar os programas do ensino, disse ser uma matéria em que a UNITA tem contribuído, com intervenções múltiplas.

Segundo Adalberto da Costa Júnior, foi identificados no discurso de abertura do líder do MPLA muito daquilo que tem sido a posição do seu partido, nomeadamente o posicionamento defendido por altura da aprovação genérica do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2016 revisto.

A seu ver, foram lançados muitos desideratos positivos nesse congresso, mas o importante é que se vá de acordo àquilo que se enunciou.

"Não me parece fácil, mas é desejável para o país. Se o MPLA sair daqui e conseguir estar mais próximo da população ganham os angolanos", concluiu o político da UNITA. 

Adalberto da Costa Júnior apelou à disponibilidade do grupo parlamentar do MPLA para trabalhar com os grupos parlamentares da oposição. O chefe da bancada parlamentar da UNITA defendeu que haja “profundas transformações na governação”, para que se tornem credíveis as posições do presidente do MPLA, referidas no seu discurso de encerramento do VII Congresso.  

Adalberto da Costa Júnior comentou o apelo feito pelo líder do MPLA aos seus militantes e quadros sobre o compromisso de servir o povo e nunca aproveitarem-se dos cargos para beneficiar-se a si próprios. “É na verdade um cancro do actual governo que deve ser curado com a efectiva aplicação das leis, com a intolerância absoluta ao assalto do bem público, com a regeneração de atitudes e com a reforma do Estado”, disse o político, sublinhando que “se for assim ganhamos todos”. 

Costa Júnior falou também das referências feitas pelo líder do MPLA à Educação e Ensino, quando defendeu ser tempo de se apostar na qualidade, depois de conquistada a batalha da quantidade de escolas e de instituições de ensino médio e superior. “Temos de facto uma grande proliferação de universidades e escolas, mas também uma diminuição de qualidade. Se o presidente do MPLA puxou esta matéria, significa que tem consciência desta realidade e da necessidade urgente da melhoria da qualidade do ensino primário.”

 Adalberto da Costa Júnior também comentou o discurso de Rui Fernandes, o dirigente do PCP como convidado ao Congresso do MPLA, quando se referiu aos crimes contra o povo praticados pela UNITA no período da guerra.

 

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