Em declarações hoje à imprensa, o Secretário de Estado para o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, do Ministério do Interior, Eugénio Laborinho, considerou a situação crítica, mas sob controlo.
“Temos um balanço de 64 mortos, ainda provisório, porque o trabalho de limpeza das valas e de buscas de mortos e desaparecidos continua”, referiu o governante.
Segundo Eugénio Laborinho, as operações contam com o apoio da Marinha, da Polícia Nacional, de nadadores salvadores do serviço de Proteção Civil e outros voluntários.
O governante apelou às empresas a sua mobilização para ajudar na limpeza das valas de drenagem das linhas de água e também para a retirada de lama em zonas afectadas.
“Este trabalho já começou, mas ainda falta aumentar a sua capacidade de intervenção”, referiu Eugénio Laborinho.
O enterro das vítimas tem início hoje, estando a parte da manhã reservada às 36 crianças, o maior número de afectados pela tragédia.
As chuvas tiveram início por volta das 21h de quarta-feira e afectou sobretudo a zona alta da cidade do Lobito, com destaque para os bairros Alto Acongo, Vicongo, Bela Vista e Novo.
No seu despacho, a agência de notícias avança que no Bairro Novo as águas das chuvas chegaram a atingir um caudal de até três metros, inundando e destruindo várias residências e acrescenta também que continuam as buscas de desaparecidos em pontos considerados críticos, levada a cabo por uma equipa de bombeiros e nadadores salvadores.
Também ontem, numa nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República, refere que José Eduardo dos Santos orientou o Governo Provincial de Benguela no sentido de adoptar medidas consentâneas nesse “momento difícil”.
Segundo a nota, o presidente manifestou “bastante preocupação e tristeza” com a morte de dezenas de pessoas na província de Benguela. Continue a ler aqui.
UNITA pede medidas urgentes
O presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) pediu hoje ao Governo medidas urgentes para “aliviar o sofrimento” dos afetados pelas chuvas.
Em comunicado enviado à imprensa, Isaías Samakuva, líder do maior partido da oposição, refere que apelou ao Governo para que encontre soluções preventivas para que situações idênticas não se voltem a verificar.
Na mesma nota, a UNITA envia as suas condolências às famílias enlutadas.
LUSA