A Coreia do Norte afirmou nesta sexta-feira (horário local) que Jang Song Thaek, tio do líder Kim Jong-un e anteriormente considerado o segundo homem mais poderoso no recluso país, foi executado depois que um tribunal militar especial o considerou culpado de traição.
"O acusado Jang reuniu forças indesejáveis e chefiou uma facção por um longo tempo e, portanto, cometeu tal crime hediondo na tentativa de derrubar o Estado", afirmou a agência oficial de notícias KCNA.
O jornal oficial Rodong Sinmun exibiu na edição de sexta-feira uma foto de Jang algemado e ao lado de guardas uniformizados durante um julgamento.
Mais cedo nesta semana, a Coreia do Norte afastou Jang de todos os seus cargos, o acusando de vários crimes, incluindo má gestão do sistema financeiro estatal, além de ser mulherengo e abusar de álcool.
"Desde há muito tempo, Jang tinha uma ambição política suja. Ele não se atreveu a levantar a cabeça quando Kim Il-sung e Kim Jong-il estavam vivos", disse a KCNA, referindo-se ao avô e pai do atual líder Kim, que governaram anteriormente a dinastia.
"Ele começou a revelar suas verdadeiras cores, pensando que era apenas o seu tempo de exibir sua ambição selvagem no período de transição histórica em que a geração da revolução foi substituída."
A execução põe fim à queda espetacular do marido da tia de Kim. Jang já havia sofrido expurgos, mas voltou ao círculo de poder para ocupar cargos influentes no partido do governo e no Exército.
Reuters