Este grupo de elementos faz parte de mais de uma centena de indivíduos detidos, segunda-feira, pela polícia angolana, por supostas agressões físicas e danificação de viaturas, na sequência de uma greve parcial de taxistas na capital angolana.
A juíza do Tribunal Municipal de Kilamba Kiaxi, Maria Luísa Tembo, mandou para casa, sob o pagamento de uma caução de 30 mil kwanzas (196 euros) os arguidos, por insuficiências de provas.
Segundo a juíza, há diligências que devem ser feitas, nomeadamente determinar quem são as pessoas ofendidas, tendo em conta que os autos falam de pessoas feridas, bem como determinar o valor dos danos causados.
"E com isto entendemos que o processo deve ser remetido à instrução, porque não estão reunidos os pressupostos necessários para o julgamento sumário", disse a juíza, citada hoje pela rádio pública angolana.
No município de Cacuaco, o Tribunal Provincial de Luanda condenou sete dos 28 acusados, entre taxistas e cobradores, do crime de arruaça, desordem pública e vandalismo.
Já no município de Viana, seis indivíduos foram condenados a dois meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 50 mil kwanzas (326,6 euros).
Na manhã de segunda-feira, vários taxistas paralisaram a sua atividade, originando grandes aglomerações nas paragens de táxi, tendo alguns deles protagonizado cenas de vandalismo, como agressões e quebra de vidros de viaturas de colegas seus que não aderiram aos protestos, bem como de autocarros públicos e privados de transporte de passageiros.
A Associação Taxistas de Luanda, que não aderiu ao protesto, está a negociar com o Governo da Província de Luanda, para encontrar soluções às reivindicações dos taxistas, referentes à indicação de paragens certas, ao fim das multas arbitrárias passadas pela polícia, a subida de tarifas, depois de vários aumentos do preço dos combustíveis.
Sexta-feira é o dia indicado para as autoridades apresentarem uma resposta às reclamações dos taxistas.
Lusa