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Quinta, 08 Outubro 2015 20:22

Tribunal angolano absolve mais de 50 taxistas acusados de arruaça por falta de provas

Mais de 50 indivíduos acusados de ofensas corporais, arruaça e outros crimes, na sequência de uma greve ilegal de taxistas em Luanda, foram absolvidos pelo tribunal por falta de provas.

Este grupo de elementos faz parte de mais de uma centena de indivíduos detidos, segunda-feira, pela polícia angolana, por supostas agressões físicas e danificação de viaturas, na sequência de uma greve parcial de taxistas na capital angolana.

A juíza do Tribunal Municipal de Kilamba Kiaxi, Maria Luísa Tembo, mandou para casa, sob o pagamento de uma caução de 30 mil kwanzas (196 euros) os arguidos, por insuficiências de provas.

Segundo a juíza, há diligências que devem ser feitas, nomeadamente determinar quem são as pessoas ofendidas, tendo em conta que os autos falam de pessoas feridas, bem como determinar o valor dos danos causados.

"E com isto entendemos que o processo deve ser remetido à instrução, porque não estão reunidos os pressupostos necessários para o julgamento sumário", disse a juíza, citada hoje pela rádio pública angolana.

No município de Cacuaco, o Tribunal Provincial de Luanda condenou sete dos 28 acusados, entre taxistas e cobradores, do crime de arruaça, desordem pública e vandalismo.

Já no município de Viana, seis indivíduos foram condenados a dois meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 50 mil kwanzas (326,6 euros).

Na manhã de segunda-feira, vários taxistas paralisaram a sua atividade, originando grandes aglomerações nas paragens de táxi, tendo alguns deles protagonizado cenas de vandalismo, como agressões e quebra de vidros de viaturas de colegas seus que não aderiram aos protestos, bem como de autocarros públicos e privados de transporte de passageiros.

A Associação Taxistas de Luanda, que não aderiu ao protesto, está a negociar com o Governo da Província de Luanda, para encontrar soluções às reivindicações dos taxistas, referentes à indicação de paragens certas, ao fim das multas arbitrárias passadas pela polícia, a subida de tarifas, depois de vários aumentos do preço dos combustíveis.

Sexta-feira é o dia indicado para as autoridades apresentarem uma resposta às reclamações dos taxistas.

Lusa

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