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Terça, 04 Outubro 2016 15:48

Governo afirma que os crimes contra os direitos humanos são punidos

A secretária de Estado das Relações Exteriores para a Cooperação, Ângela Bragança, defendeu ontem a responsabilização civil e criminal dos cidadãos que cometem acções contra os direitos humanos consagrados na Constituição do país.

Em declarações à imprensa, no final do encontro com a presidente e vice-presidente da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, Pansy Tlakula e Soyata Maiga,  respectivamente, a secretária de Estado informou  que os direitos, garantias e liberdades dos cidadãos angolanos foram ampliados na nova Constituição, mas a legislação existente não foi ainda adaptada ao novo contexto.    

A diplomata considerou a visita das duas entidades como um alerta para o país avaliar as suas acções e desafios, bem como uma oportunidade para as autoridades angolanas partilharem experiências e melhorarem, cada vez mais, o trabalho em termos de direitos humanos. 

Angola tem a missão de apresentar um relatório, em cada dois anos, sobre os progressos alcançados no domínio da defesa dos direitos humanos, com base nas recomendações da Comissão Africana do Direitos Humanos e dos Povos.

Pansy Tlakula recomendou aos Estados no sentido de trabalharem para a garantia e protecção dos cidadãos. “Estou satisfeita com as informações que recebi da secretária de Estado e do ministro da Justiça, Rui Mangueira. Abordámos questões ligadas aos direitos humanos e à ratificação de alguns instrumentos internacionais e protocolos da União Africana”, informou Pansy Tlakula, adiantando que vai ter mais encontros com responsáveis do país, para analisar o nível de implementação da Carta Africana dos Direitos Humanos, um instrumento internacional que se destina a promover e proteger os direitos humanos e as liberdades fundamentais no continente africano.

As responsáveis da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos também pretendem promover o Protocolo de Maputo relativo ao direito da mulher e outros instrumentos jurídicos que não foram ainda ratificados por Angola. De igual modo, vão avaliar o impacto das políticas e programas de desenvolvimento económico do Executivo em prol do desenvolvimento da mulher, o impacto do VIH/Sida, as medidas legislativas e políticas existentes sobre a matéria e ter um diálogo aberto sobre a situação dos defensores dos direitos humanos em Angola e a participação da sociedade civil. A visita da presidente e vice-presidente da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos teve início ontem e termina sexta-feira com uma conferência de imprensa, onde será feita a avaliação dos direitos humanos em Angola.

 

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