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Segunda, 08 Julho 2019 09:00

BAD está com "muito apetite" de continuar a investir em Angola diz Vice-presidente

O vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) com o pelouro dos Serviços Corporativos e Recursos Humanos disse à Lusa que o banco está com "muito apetite" sobre Angola e elogiou a melhoria no ambiente de negócios.

"O ambiente de negócios está a melhorar e o setor privado está a posicionar-se para desempenhar um setor mais importante", disse Mateus Magala à Lusa, nas vésperas da assinatura do memorando de entendimento entre o Governo de Angola, de Portugal e o BAD relativamente ao Compacto Lusófono.

"O BAD sempre esteve ao lado de Angola em termos de ver oportunidades, financiámos a hidroelétrica, demos mil milhões de dólares (887,9 milhões de euros) de apoio ao Orçamento", lembrou o banqueiro moçambicano.

"Angola é uma potência para nós, é um catalisador e estamos muito esperançados, estamos com muito apetite de continuar a investir e ajudar na criação de instituições fortes, porque o BAD não serve apenas para colocar dinheiro, serve também para termos a certeza de ter instituições fortes e credíveis e que vão dar confiança aos investidores, porque quem vai desenvolver Angola é o setor privado", concluiu Mateus Magala.

O Compacto para o Desenvolvimento é uma iniciativa lançada no final de 2017 pelo BAD e pelo Governo português para financiar projetos lançados em países lusófonos com o apoio financeiro do BAD e com garantias do Estado português, que assim asseguram que o custo de financiamento seja mais baixo e com menos risco.

O BAD, Moçambique e Portugal assinaram em 12 de março, em Maputo, um acordo designado Compacto Lusófono Moçambique, para apoiar projetos de investimento, o primeiro específico de um país, que dá acesso a financiamentos do BAD combinados com garantias de Portugal através da Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento (Sofid), tendo-se seguido, em julho, o Compacto de Cabo Verde.

Além do país anfitrião - que deve ser um dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) -, cada projeto deve envolver "pelo menos mais duas entidades do Compacto, por exemplo o BAD e empresas portuguesas, ou o BAD e outras empresas dos PALOP", refere a documentação do programa sobre o programa moçambicano.

Portugal participa através da Sofid, disponibilizando 400 milhões de euros em garantias a conjugar com financiamento do BAD, que neste Compacto vai apoiar projetos orçados em até 30 milhões de dólares (26,6 milhões de euros). Habitualmente, o BAD financia projetos acima deste valor.

Este Compacto Lusófono foi celebrado entre Portugal e o BAD em novembro de 2018, como parte de um vasto leque de parcerias multilaterais anunciadas durante o Fórum de Investimento para África, em Joanesburgo, África do Sul, mas começou a ser definido quando o presidente do BAD visitou Lisboa, em novembro de 2017.

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