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Terça, 25 Junho 2019 15:34

Associação empresarial angolana elogia combate de João Lourenço contra a corrupção

O presidente da Comunidade das Empresas Exportadores e Internacionalizadas de Angola (CEEIA) elogiou hoje o combate aos monopólios e à corrupção, feito pelo atual executivo de João Lourenço.

Em entrevista à Lusa à margem dos encontros anuais do banco pan-africano Afreximbank, que decorreram em Moscovo, Agostinho Kapaia considerou que os investidores internacionais estão surpreendidos com o trabalho do atual Governo.

"Não era fácil em menos de um ano poder acabar com os monopólios, era uma coisa que ninguém esperava", afirmou, elogiando o combate à corrupção.

"Isso é uma realidade e o novo executivo está a combater, com provas dadas e [...] sentimos os empresários internacionais a acreditarem no nosso país", acrescentou Agostinho Kapaia.

No passado recente, "muitos investidores já não acreditavam em Angola de uma maneira geral" e o "novo executivo está a fazer um excelente trabalho", disse.

"Cabe a todos nós apoiar, darmos esse suporte do ponto de vista empresarial, buscar novas parcerias e atrair novos investidores para o desenvolvimento de Angola que, de uma maneira geral, é o desenvolvimento da região", disse.

"Em menos de dois anos fez-se muita coisa", disse Agostinho Kapaia, dando o exemplo da facilitação dos vistos e na nova lei de investimento, que liberalizou a criação de empresas no país.

"Antigamente era obrigatório ter um parceiro angolano para fazer negócios em Angola e agora já não é necessário", afirmou.

"Sempre defendi que a abertura era a melhor opção para a economia", porque o "isolamento não é bom", afirmou, admitindo que este processo irá promover uma seleção natural entre os empresários angolanos.

No entanto, no "curto espaço de tempo há sempre um impacto negativo: As pessoas têm medo de perder as oportunidades. Mas a verdade é que a abertura vai criar mais competitividade e vai fazer com que os empresários [angolanos] não fiquem descansados e tenham que inovar", disse.

Depois, a "médio e longo-prazo", isso irá qualificar os empresários angolanos, para que "sejam bons para competir em qualquer parte do mundo".

"Temos de pensar no mercado regional, africano e no mundo", afirmou, considerando que "Angola está numa região que tem de fazer a sua parte nesse trabalho de integração económica" do continente.

Moscovo acolheu até sábado os encontros anuais do Afreximbank depois de a Rússia ter entrado no lote de acionistas do banco, em 2017, e num momento em que o Kremlin quer reforçar o comércio externo com África, um continente que tem assistido a uma presença crescente da China.

Três semanas depois de ter entrado em vigor o acordo de livre-comércio continental, que inclui 24 países, o Afreximbank discutiu a diminuição das barreiras alfandegárias no contexto global e apelou à abertura para combater o crescente nacionalismo.

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