Essa prestação técnica e financeira que a ENI Angola vai prestar à Sonangol resulta de um acordo assinado hoje, avaliado em cerca de 200 milhões de dólares norte-americanos, segundo o PCA Carlos Saturnino.
O pacto, em que o signatário da ENI Angola foi o seu homólogo Antonio Vella, prevê duas partes, uma no valor de 60 milhões e outra de 120 milhões de dólares norte-americanos.
A primeira parte está relacionada com o planeamento, organização da paragem para manutenção geral da refinaria de Luanda, elaboração e desenvolvimento de um modelo económico e operacional para a mesma, de maneira a melhorar toda área operacional do trabalho e sua sustentabilidade.
Já segunda, tem a ver com a instalação de uma unidade nova que vai permitir o aumento substancial da produção de gasolina e poderão estar envolvidos montantes até USD 120 milhões.
No total, como disse o gestor Carlos Saturnino, o acordo pode chegar até USD 200 milhões, que serão financiados pela ENI Angola, e a Sonangol a reembolsará em condições vantajosas, pois só fará depois de 12 meses da implementação do início da implementação da empreitada, conforme o acordo.
Com a implementação total dos acordos, a refinaria terá maior sustentabilidade, pois pretende-se aumentar a produção de gasolina e melhorar a sua lucratividade, ou seja, quando este trabalho acabar a refinaria deverá estar em melhores de condições operacional.
“Deverá ter um visual diferente nas instalações do processamento e noutros edifícios. Estamos perante um acto de extrema importância”, sublinhou o presidente da Sonangol.
Carlos Saturnino avançou também que Angola poderá, no final dos trabalhos, diminuir a importação de alguns produtos, como gasolina, gastando menos dinheiro, e caso puder, exportar pequenas quantidades de gasolina para alguns países africanos”.
O acordo assinado hoje pela Sonangol e ENI Angola enquadra-se num memorando de entendimento rubricado entre ambas empresas a 27 de Novembro de 2017. Neste memorando estão previstos várias intenções a serem realizadas, quase todas ligadas ao sector energético, parte à exploração e produção de petróleo (up stream), referente à refinaria de Luanda, formação do pessoal da refinação e também um outro capítulo relacionado com as energias renováveis, com ênfase para a energia solar.