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Terça, 23 Novembro 2021 12:38

Médicos angolanos anunciam greve nacional a partir de 06 de dezembro

O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, anunciou na manhã desta terça-feira, 23 de Novembro que vai entrar em greve, a partir do dia 06 de Dezembro para reivindicar melhores condições de trabalho, salariais entre outras questões.

Em declarações, durante a conferência de imprensa em Luanda, o secretário geral do Sindicato Nacional dos Médicos, Pedro da Rosa disse que o Ministério da Saúde não respondeu satisfatoriamente as inquietações da classe médica, sendo estes os propósitos fundamentais que motivaram a referida greve.

Segundo Pedro da Rosa, a conferência de imprensa esta terça-feira, serviu para apresentar as deliberações saídas da Assembleia geral dos médicos que aconteceu no passado dia 20 de Novembro, com cerca de 400 médicos presentes, além de cerca de 1500 outros, via Internet que de forma unânime decidiram entrar em greve.

"Está decidido que, a partir do dia 06 de Dezembro nós entraremos em greve, um acto que vai perdurar até o dia 10 de Dezembro do corrente ano", declarou Pedro da Rosa.

Ainda em declarações, disse que esta greve vem somente reivindicar melhores condições de trabalho que nos últimos tempos tem vindo a se degradar, porque os médicos continuam a enfrentar sérios no exercício da sua função, reivindicar os salários e subsídios que nunca lhes chegam.

Aponta também como uma das exigências, a assistência médica, em termos de seguro de saúde que estes não têm, o que obriga muitos profissionais a passarem por várias unidades hospitalares, causando-lhes desgastes de natureza diversa.

Pedro da Rosa, revelou que devido às dificuldades que os médicos angolanos enfrentam, alguns profissionais da classe estão abandonar o país, à procura de melhores condições de vida em países onde os médicos têm o devido respeito.

"São muitos nossos colegas que estão a ir para os países a nível da SADC, como os Congos, África do Sul e Namíbia, porque comparativamente ao nosso, o salário desses países é bastante decisivo. E, como os médicos nunca têm falta de trabalho, esses médicos acabam sempre por ser acolhido no sistema de saúde desses países", relatou.

Relativamente ao afastamento do pediatra Adriano Manuel, Presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, Pedro da Rosa disse que a classe média está revoltada com a situação, desde Junho de 2020 que tudo aconteceu, sendo esta uma das razões da anunciada paralisação dos serviços prestados nos hospitais do país.

"Não é admissível tal situação porque o Dr. Adriano Manuel é um pediatra, um especialista dos poucos que existem no país que não passam de 200. Acredito que não deve ser uma decisão pensada porque o mistério ao tomar esta decisão teve motivações que nós desconhecemos", disse.

Pedro da Rosa, considera uma aberração, o facto de o Ministério da Saúde ter dito que o pediatra passaria a receber o seu salário base, enquanto aguarda colocação, pois segundo este, um médico ao nível de Adriano Manuel não aguarda colocação, reiterando que esta seja mais uma das razões para a classe entrar em greve.

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