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Domingo, 12 Setembro 2021 10:35

Luísa Rogério diz que se está atribuir manipulação de imagens ao MPLA com o fim de "sensibilizar" o público

A jornalista angolana, Maria Luísa Rogério considerou que, segundo várias informações a UNITA, ou seja, militantes da UNITA agrediram jornalistas em Luanda, o que seguida, viralizou nas redes a foto de um jornalista agredido, na mesma altura em que uma pesquisa básica atestou que a imagem foi manipulada.

A foto, reconheceu, é de um jornalista guineense e não do profissional angolano agredido. Esses dois factos, relacionados por fazerem parte do mesmo "enredo", estão a agitar as redes sociais.

"Em meu entender, um não anula a gravidade do outro. Muita gente, sobretudo políticos, militantes e simpatizantes de partidos da oposição aplaudem a acção musculada devido ao tratamento parcial que a TV Zimbo tem dado à UNITA nos seus espaços noticiosos. Atribuem a manipulação de imagens ao MPLA com o fim de “sensibilizar” a opinião pública", conforme a jornalista.

Disse, na ocasião, não lhe espantar sequer um pouco a atitude de alguns políticos, pelo facto de serem mesmo políticos, o que quer dizer, praticantes de um "ofício" onde, vezes sem conta, o vale tudo e uma visão distorcida de ética se sobrepõem a tudo.

Para esta profissional de jornalismo, reagir, contrapor, tentar tirar vantagens de tudo e quase nunca reconhecer erros é algo comum entre políticos.

"Não me espanto! Contudo, vejo com tristeza muitos jornalistas a tentarem justificar o indefensável. Jornalistas que deviam ser imparciais porque contestam, com razão, a parcialidade e outras más práticas atribuídas à profissionais, estão exultantes com a agressão do momento", salientou.

Isso, de acordo com Maria Rogério, só mostra quão dividida está a classe jornalística, acrescentando que, sem reticências, aspas ou meio-termos condena qualquer agressão contra jornalistas, não importam os órgãos. "Sinto-me igualmente ofendida".

Apelou por outra que, um partido que aspira ao poder legitimado pelo voto, e assume postura de Estado, devia compreender que não é com porradas que vai mudar o que está mal, embora a jornalista reconheça que há, obviamente, problemas gravíssimos na média pública.

"Temos que reconhecer, discutir e ter coragem de dar nome aos bois. Mas, reitero, sancionar fisicamente jornalistas não vai alterar o mau desempenho dos órgãos para os quais trabalham", defendeu.

Essa solução, disse finalmente, não devia ser equacionada para mudar a realidade, principalmente por parte de quem se afirma defensor da democracia e das inegociáveis liberdades.

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