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Quarta, 30 Junho 2021 14:56

Angola sem sistema de vigilância de radar completo

A Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA) não dispõe de qualquer sistema de vigilância de radar completo do espaço aéreo nacional.

O sistema de auxílio à navegação é em “geral disperso, considerando o tamanho do país", recorda um estudo elaborado pela Dar Al-Handasah, empresa contratada para elaborar o Plano Director Nacional dos Transportes e Infra-estruturas Rodoviárias (PDNSTIR).

A ENNA é responsável por operar sistemas para comunicação, navegação de voos, estações meteorológicas automatizadas e sistemas de iluminação do aeródromo e de suporte electromecânico.

A implementação de um sistema de vigilância do espaço aéreo requer a instalação de equipamentos em diferentes locais do território nacional.

A ENNA opera um sistema ‘ADS-C10’, que fornece informação superior ao radar da terra (primário). O sistema é usado para vigilância do espaço aéreo, aproximação e controlo no aeroporto de Luanda. “Este único sistema não é suficiente para vigilância total do espaço aéreo nacional, uma vez que a região de informação de voo de Luanda tem alcance limitado semelhante ao de um radar primário", alerta o documento. "Um sistema de estações de terra deve, portanto, ser instalado para que seja obtida vigilância completa”, lê-se no documento.

A vigilância com ‘ADS-C’ depende de equipamentos a bordo de aeronaves, enquanto o radar primário é independente desses equipamentos já que avalia o eco do seu próprio sinal que é passivamente reflectido por uma aeronave e recebido pela antena do radar em terra. O ‘ADS-C’ transmite informação da aeronave e do voo activamente, da aeronave para a estação de terra.

A equipa de especialistas, que elaborou o plano, garante desconhecer se os militares angolanos "operam um sistema de radar primário com completa cobertura do espaço aéreo nacional". E recomendam que, se tivessem, deviam ser consideradas as opções para um “compartilhamento do sistema pela ANS (air navigation services) ou a possibilidade da assistência dos militares em emergências”.

O plano espelha que a combinação do sistema ‘ADS-C’ para a aviação civil, apoiada pelo sistema com radar primário, “parece ser a solução, pois combina as vantagens dos dois sistemas enquanto minimiza os custos totais”. “ O sistema de radar e os radares primários em particular são equipamentos caros”, alertam. VALOR

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