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Quinta, 10 Junho 2021 21:25

Julgamento de estudante angolano começa sexta-feira em Havana

O julgamento do estudante angolano em Cuba, Armindo Leitão Jeremias, suspeito de ter assassinado o seu ex-professor naquele país caribenho, começa esta sexta-feira, 11, em Havana.

O estudante angolano bolseiro, de 28 anos, detido desde Setembro último, é suspeito de ter assassinado um amigo e ex-professor com quem mantinha uma relação de compra e venda de moeda.

O jovem foi detido dois dias antes de o primeiro grupo de estudantes angolanos regressarem ao país, em Setembro do ano passado, e também fazia parte da lista, depois de terminar a sua licenciatura, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE).

Entretanto, o Conselho Directivo da Associação dos ex-Estudantes Angolanos em Cuba "Caimaneros", em nota a que a ANGOP teve acesso, esclarece que a vítima não era professor, mas fiel de armazém da Faculdade de Tecnologia da Saúde, da Universidade de Ciências Médicas de Havana.

Armindo Jeremias, finalista do curso superior de Sistema de Informação de Saúde, foi preso na sua residência depois de as autoridades cubanas suspeitarem ter sido ele o assassino do seu ex-professor de matemática, no 3º ano da sua licenciatura.

O estudante conta já com o acompanhamento da Embaixada de Angola em Cuba.

Além deste caso, outro estudante está, igualmente, a responder na justiça cubana, acusado de subtracção, de forma fraudulenta, de 1.3 milhões de dólares do Banco Central de Cuba.

Sobre este caso, o Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), Milton Chivela, adiantou que o estudante em causa, supostamente, usou as fragilidades informáticas do sistema bancário cubano para a concretização da acção criminosa.

Angola conta com aproximadamente dois mil e 200 bolseiros a estudarem, em diversas universidades e institutos superiores em Cuba, país com o qual mantém relações políticas e diplomáticas desde a década de 70.

Angola presta assistência jurídica a bolseiros angolanos detidos em Cuba

O Governo angolano presta assistência jurídica e trabalha na defesa do estudante angolano Armindo Leitão Jeremias, acusado da morte de um professor em Cuba.

Uma nota de imprensa do Ministério das Relações Exteriores (Mirex) de Angola a que a ANGOP teve acesso hoje refere que tem acompanhado com bastante atenção o processo que envolve o bolseiro cidadão angolano.

Adianta que foi notificado da acusação do Ministério Público cubano por supostos factos criminais imputados ao cidadão angolano, pelo que tem seguido o desenrolar do processo, que ainda não tramitou em julgado.

“Orientada pelo Ministério das Relações Exteriores, a Embaixada de Angola em Cuba está a prestar toda a assistência jurídica ao bolseiro e a trabalhar na defesa do cidadão angolano”, salienta a nota.

Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores tomou igualmente conhecimento de um suposto caso criminal imputado a outro bolseiro angolano, Herculano Cangolongo Chinjeu, estando também a Missão Diplomática angolana a prestar toda a assistência jurídica ao mesmo.

O Mirex assegura que no âmbito das excelentes relações de amizade e de cooperação existentes entre Angola e Cuba tudo está a ser feito para salvaguardar os direitos dos cidadãos angolanos.

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